/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Geral

Último a ver médico capixaba com vida em abrigo no RS relata: "Ele estava feliz"

A principal suspeita é que Leandro Medice tenha sofrido um mal súbito. Ele foi encontrado morto em um abrigo na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
audima
audima
Foto: Montagem Folha Vitória
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

O dermatologista Carlos José Cardoso descreveu como foram as últimas horas do colega de profissão, o médico capixaba Leandro Medice, 41 anos, que morreu em um abrigo no Rio Grande do Sul

Leandro e Carlos estavam em São Leopoldo para auxiliar as vítimas das chuvas que devastaram cidades da região Sul do Brasil. 

A principal suspeita é que o médico tenha sofrido um mal súbito. Ele foi enterrado na manhã de quarta-feira (15), no Cemitério Jardim da Paz, em Civit II, na Serra.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Em entrevista ao Folha Vitória, o dermatologista afirma que eles deixaram o Espírito Santo juntos para realizar os atendimentos no Sul. “Ele estava bem, estava feliz por conseguir fazer isso”. 

Ele contou que no local estavam abrigadas 1.600 pessoas, 500 crianças, mais uns 200 cachorros. “Era muita gente, mas era separado, com ala de idosos, ala de jovens. Com o pessoal bem afetado com a tragédia que viveu, agimos até mesmo como psicólogos”. 

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Após realizarem os atendimentos ao longo do dia, os colegas retornaram para o abrigo, com o intuito de dormir e descansar para as outras consultas. Mesmo cansados, conversaram até por volta da meia-noite. 

"Eu ia ficar no plantão noturno porque o Leandro estava um pouco mais cansado, mesmo assim estava bem. A gente ficou conversando até ir dormir. Até brinquei que ele roncava", disse. 

Segundo o relato, Cardoso percebeu que, por volta das 4h, Leandro estava bem e respirando. “Percebi que ele estava até roncando um pouco”. 

Por volta das 6h, o dermatologista tentou chamar o amigo, mas ele não respondeu, mas achou que fosse apenas uma consequência do cansaço. 

Entretanto, cerca de meia hora depois, Cardoso foi até Leandro novamente e o coleva estava frio. “Como ele não respondeu quando, chamei, fui apalpá-lo e ele estava frio já. Constatei que ele tinha morrido”. 

Cardoso relata que, mesmo com o contato cotidiano com situações inesperadas da profissão médica, a morte do colega foi um grande susto. “Ele era bem saudável, jovem, embora sejamos médicos, não estava psicologicamente preparado”. 

Médico sofreu um mal súbito no Rio Grande do Sul 

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Leandro Medice morreu após sofrer um mal súbito quando estava no Rio Grande do Sul, auxiliando no resgate e cuidados de vítimas das enchentes que devastaram o estado gaúcho. Ele estava na cidade de São Leopoldo.

Ele era cardiologista e trabalhou por vários anos no Hospital Evangélico de Vila Velha e também como médico socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Leandro atuava no Instituto Medice, especializado em transplante capilar, estética e nutrologia, em Vila Velha. 

Formado em Fisioterapia, Odontologia e em Medicina com especialização em Cardiologia, Leandro também era dono de uma clínica de estética capilar. Ele deixou o marido, João Paulo Martins, e mãe, Andrea Medice. 

LEIA TAMBÉM: Fofura: veja onde foi parar cãozinho que virou xodó do Cidade Alerta

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.