Palmas e homenagens: médico do ES que morreu no Sul é enterrado na Serra
O cardiologista Leandro Medice foi enterrado nesta quarta-feira (15), na Serra. A emoção tomou conta dos familiares e amigos presentes na cerimônia
Com sirenes soando no ar e muitas palmas de agradecimento ao trabalho realizado, o médico cardiologista Leandro Medice, de 41 anos, que morreu em um abrigo no Rio Grande do Sul, em um trabalho humanitário durante as enchentes, foi enterrado na manhã desta quarta-feira (15), na Serra.
A emoção tomou conta dos familiares e amigos presentes na cerimônia, realizada no Cemitério Jardim da Paz, no Civit II.
Leandro estava na cidade de São Leopoldo e foi encontrado morto no domingo (12), após sofrer um mal súbito enquanto dormia.
O corpo do médico chegou ao Espírito Santo por meio da Força Aérea Brasileira (FAB), ainda na tarde de terça-feira (14).
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Antes de ser trazido de volta para o estado natal, recebeu homenagem dos militares no Rio Grande do Sul.
Veja como foi a homenagem da FAB:
Durante o velório, familiares e amigos se despediram do médico com muita emoção e palmas. O primo, Itamar Medice, afirmou que a “perda é imensurável”.
"Temos que unir agora, juntar forças para superar. A família é bem grande, temos que ficar juntos para conseguir ajudar um ao outro", disse.
A amiga de Leandro, Franciane Lelis, falou do legado que o médico vai deixar, sempre ajudando reciprocamente, com muito carinho e amor.
"Ele me chamava de irmã mais nova e eu tenho esse carinho e esse amor de irmã. Para mim, está sendo muito difícil. Ajudar os outros era o que ele amava fazer, com certeza morreu fazendo o que ama. Ele deixa o respeito, o carinho, a lealdade e a bondade. Nós ficamos muito orgulhosos do que ele foi e continuará sendo para a gente", contou.
Formado em Fisioterapia, Odontologia e em Medicina com especialização em Cardiologia, Leandro também era dono de uma clínica de estética capilar. Ele deixou o marido, João Paulo Martins, e mãe, Andrea Medice.
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A sobrinha e afilhada do médico, a nutricionista Amanda Medice Cruz, de 22 anos, escreveu uma carta emocionada em homenagem a Leandro Medice em que diz que "morrer é ridículo" e se descreve como "cópia" do tio.
"Morrer é ridículo. Você combinou o que iríamos almoçar na semana seguinte, está com planos de reformar sua casa, está preocupado com contas, com várias ideias para o instituto… e do nada, pela manhã, morre. Como assim? E os e-mails que você não leu? Sua toalha molhada no varal? Suas roupas para lavar? O Instituto para limpar? Os pacientes? A nossa família?", escreveu ela.