Estudo: vacina contra HPV diminui 62% das mortes por câncer uterino
Pesquisa destaca a eficácia do imunizante na prevenção de um dos tipos de câncer mais comuns entre as mulheres
A campanha Janeiro Verde, que promove a conscientização e prevenção do câncer de colo do útero, começa com dados promissores sobre a eficácia da vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano).
Um estudo publicado na revista científica JAMA Network revelou que o imunizante reduziu em 62% as mortes por esse tipo de câncer entre mulheres com menos de 25 anos nos Estados Unidos.
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero são esperados no Brasil em 2024. Entre os principais fatores de risco para a doença está a infecção pelo HPV, que é transmitido por meio de sexo desprotegido.
A vacinação contra o HPV, disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é recomendada para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Indivíduos imunocomprometidos ou vítimas de violência sexual também têm direito à imunização gratuita.
De acordo com a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa, a vacina é essencial para a prevenção do câncer de colo de útero.
“O imunizante deve ser aplicado na infância e na adolescência para proteger contra essa neoplasia maligna na fase adulta”, destacou.
Além disso, ela reforça a importância de que pais e responsáveis garantam a vacinação dos filhos.
“Isso contribui para reduzir a incidência da doença, que ainda afeta muitas mulheres no Brasil.”
Outros fatores de risco e sintomas
Além do HPV, fatores como tabagismo e sedentarismo também aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de colo uterino. Nos estágios iniciais, a doença geralmente é assintomática.
Quando os sintomas aparecem, os mais comuns incluem:
- Sangramento vaginal anormal, entre os ciclos menstruais ou após a menopausa;
- Dores pélvicas persistentes;
- Secreção vaginal anormal, com odor forte ou presença de sangue;
- Dores durante a relação sexual, com ou sem sangramento.
Prevenção e diagnóstico precoce
O exame preventivo Papanicolau é essencial para detectar precocemente alterações nas células do colo do útero, antes que evoluam para câncer.
“O preventivo deve ser feito anualmente ou conforme orientação do ginecologista. Isso aumenta significativamente as chances de cura, mesmo nos casos diagnosticados em fase inicial”, ressaltou a oncologista.
Com ações como a vacinação e o diagnóstico precoce, o combate ao câncer de colo de útero avança, garantindo melhor qualidade de vida para as mulheres.