Susto de Bárbara Evans: veja os alimentos mais perigosos para as crianças

Na última sexta-feira (8), Ayla, de 1 ano, filha da modelo Bárbara Evans, precisou ser submetida a uma cirurgia após engasgar com um amendoim. 

A criança se queixou de dificuldades para respirar, um alerta para algo que poderia ser mais sério.

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Segundo a modelo, Ayla tossiu e chegou, inclusive, a vomitar, porém, em publicações em uma rede social, relatou ter percebido que a filha apresentava um chiado na respiração. 

Já no dia seguinte, sem perceber uma melhora no quadro, levou a criança ao hospital. Um exame de raio-X apontou para um corpo estranho. Bárbara explicou ainda o que houve com a filha. 

"Na hora que ela engasgou, ela broncoaspirou o amendoim. Então, ela não ficou engasgada, aqui sabe? Por que eu até cheguei a fazer a manobra, trouxe ela aqui, que a gente tava do lado de casa e não saiu nada, então, ela broncoaspirou. E o que isso quer dizer: foi para as vias aéreas, que vai para o pulmão", contou.  

Engasgos são perigosos e podem ser fatais

Para entender melhor os riscos e cuidados necessários para se evitar engasgos em crianças pequenas, a reportagem do Folha Vitória ouviu duas pediatras. Elas responderam as principais dúvidas relacionadas a engasgos.

Antes, é preciso entender que alguns alimentos são proibidos para bebês. Mel, sal e açúcar, inclusive, para menores de um ano.

"Sal, açúcar e mel. Alguns outros alimentos com potencial risco para engasgo também devem ser introduzidos com cautela, aguardando até que o bebê se acostume a comer. Mesmo assim, é necessário tomar muito cuidado com a textura e o corte correto", destaca Isadora Vencioneck, pediatra da Materlux

1- Existem alimentos que apresentam mais riscos de engasgos?

R: Sim. Frutas redondas como uva, morango, sementes e castanhas, alguns biscoitos, azeitona, tomate-cereja, jabuticaba, entre outros.

2- Formatos e texturas dos alimentos precisam ser observados? O que pode desencadear, além de engasgos?

R: Na introdução alimentar, os alimentos devem ser amassados com o garfo, mas nunca triturados. 

Alimentos duros, como maçã e pera, por exemplo, devem ser cozidos e, após amolecerem, oferecidos raspados e sem casca. Carnes devem ser desfiadas ou moídas. Além de engasgos, pode ocorrer pneumonia por broncoaspiração, que é a entrada de substâncias estranhas, como alimentos e saliva, na via respiratória.

3- Em quais situações determinados alimentos podem chegar aos pulmões, por exemplo?

R: Nas situações em que a criança broncoaspira, por exemplo, no engasgo, ou quando há vômito. Geralmente, essa criança estava com o reflexo de tosse diminuído. Dessa forma, o alimento, em vez de descer pelo esôfago, desce na traqueia, chegando ao brônquio e pulmão.

4- Pode ser fatal?

R: Pode. E acontece muito mais do que se imagina. Pelo menos de um a dois casos na semana no pronto-atendimento. Mesmo com todas as orientações disponíveis, muitas famílias subestimam.

Sinais de que algo pode estar errado com a criança

Também pediatra e neonatologista, Syane Gonçalves disse o que deve ser observado diante de um quadro de engasgo.

"Deve-se observar se o bebê está emitindo sons, tossindo ou reagindo a estímulos. Se o bebê ficar roxo, hipotônico (molinho), não emitir mais sons ou perder o reflexo de tosse, parar de respirar, é imprescindível chamar o SAMU e iniciar a manobra de desengasgo", alerta a médica.

1- Como prevenir engasgos?

R: Em bebês menores, é importante que sempre fiquem em posição de pé no colo por 10/15 minutos após a mamada e que durmam sempre de barriga para cima. Nos maiores, que já brincam, é necessário tomar cuidado com objetos e brinquedos pequenos, que podem ser inseridos acidentalmente no ouvido, nariz ou mesmo broncoaspirar e ir para o pulmão.

2- O que fazer quando o bebê ou a criança sofre um engasgo?

A primeira coisa é chamar ajuda ligando para o SAMU 192. Observar se há algo na boca; se não for visualizado, não tentar tirar ou encontrar. Retirar somente se estiver visível. 

Iniciar as manobras (manobra de Heimlich para bebês menores de 2 anos ou crianças maiores de 2 anos) de desengasgo colocando a criança no antebraço, mantendo-a levemente curvada para baixo. 

Ainda nessa posição, deixe a criança de lado ou de barriga para baixo e dê tapas firmes em suas costas, mas não com muita força, alternando com compressões no peito, até que o bebê expila o leite ou o que provocou o engasgo.