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Saúde

Como saber se o DIU saiu do lugar? Veja o que diz especialista

Segundo a médica ginecologista, Thaissa Tinoco, é raro o DIU se deslocar; entenda mais sobre o método e se existe truque para saber se o dispositivo está fora do lugar

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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É fato que existem várias dúvidas sobre o Dispositivo Intrauterino, popularmente conhecido como DIU. O método contraceptivo é formado por uma haste flexível em forma de 'T', que é inserido no útero, prevenindo a gravidez.

Porém, algumas mulheres, mesmo aquelas com a intenção de abandonar a pílula anticoncepcional e os hormônios, ainda têm muito receio com relação à segurança proporcionada pelo dispositivo.

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Para esclarecer as principais dúvidas e se é possível saber quando ele 'saiu do lugar', fomos conversar com uma especialista. 

Segundo a médica ginecologista, Thaissa Tinoco, antes de qualquer coisa é importante saber que o DIU se deslocar é algo raro. Um outro ponto é sobre a eficácia do método.

"A taxa de eficácia é muito alta. Existem dois tipos de DIU. O hormonal e o de cobre. No caso do hormonal, o risco de gravidez é de 0,2%, ou a cada 1000 mulheres, duas gestações. Já o DIU de cobre, 0,7%, ou a cada 1000 mulheres, sete gestações", explica.

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Thaissa destaca ainda que a opção com hormônio é um pouco mais segura por que mesmo que ele se desloque, vai liberar o hormônio, dificultando a chance de uma possível gravidez. Vale lembrar que caso o dispositivo de cobre se desloque, a mulher acaba ficando sem a proteção.

Pílula X DIU: qual é o melhor método para as mulheres?

Você deve estar se perguntando: o que fazer? De acordo com a especialista, ao decidir adotar um método contraceptivo, a mulher deve sempre procurar um ginecologista. O método a ser escolhido dependerá do histórico de cada paciente. 

"Não existe um método melhor que o outro. O que existe mesmo é aquele com o menor efeito colateral possível. Aquele em que a paciente fique bem e isso depende muito de mulher para mulher. Mulheres com endemoetriose, por exemplo, com quadros de muita dor, cólicas, não é recomendado o DIU de cobre", diz a ginecologista.

A pílula anticoncepcional ainda é a opção número um de grande parte das mulheres em todo o país. A facilidade de troca, em casos de dificuldade na adaptação, está entre os motivos. Mas é preciso dizer que o Diu tem sim ganhado cada vez mais espaço.  

Após colocação, o DIU de cobre dura 10 anos e custa em média, R$ 300. O DIU hormonal dura a metade do tempo, 5 anos, e custa por volta de R$ 1000.

Existe algum 'truque' para saber se o DIU está fora do lugar?

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Então... O que fazer quando surge aquela dúvida se o seu dispositivo intrauterino está mesmo no lugar correto? Primeiramente, é por meio de um acompanhamento médico adequado que isso é seguramente possível.

Após colocar o DIU, a mulher é submetida a um exame de ultrassom endovaginal para averiguar a posição em que ele está. O primeiro retorno para uma nova avaliação deve acontecer dentro de 6 meses.

"Nesses intervalos a mulher pode observar como o próprio corpo vem reagindo. Quando ele está fora do lugar, há sangramento e dores na relação sexual, na maioria dos casos", alerta a especialista.

Mas existem também mulheres que não sentem esse deslocamento. Neste caso, a avaliação periódica torna-se ainda mais importante.

O imprescindível é que a qualquer sinal de alteração do ciclo, como sangramento fora de época, ou seja, qualquer coisa de diferente, a paciente busque o atendimento o quanto antes.

"Existem algumas orientações que falam pra mulher sempre se tocar para ver como está a cordinha do DIU no canal vaginal e que quando ela está mais longa, o dispositivo pode ter saído do lugar. Eu não costumo orientar isso, mas um fio grande na vagina pode ser um indicativo de que o DIU desceu, ou saiu do lugar", explica.
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Thais lembra também que esse tipo de 'avaliação', por meio do toque, pode atrapalhar a colocação do DIU feita anteriormente. 

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