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Saúde

ES aguarda orientações do Ministério da Saúde para vacinar 393 mil crianças contra a covid-19

Nesta quinta-feira, a Anvisa aprovou o uso do imunizante em crianças de 5 a 11 anos. País, no entanto, ainda não tem doses pediátricas da Pfizer

Redação Folha Vitória
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Foto: Alexandre Souza / Folha Vitória
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Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar, nesta quinta-feira (16), o uso da vacina da Pfizer contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que ainda aguarda orientações do Ministério da Saúde para iniciar a aplicação das doses nesse público.

De acordo com a Sesa, atualmente 393.089 crianças nessa faixa etária estão aptas a receber o imunizante no Espírito Santo.

A secretaria também manifestou, por meio de nota, apoio à decisão da Anvisa e destacou que já previa a possibilidade de haver a autorização de vacinas contra a covid-19 para crianças até o final de 2021.

Segundo a pasta, a imunização de crianças contra o coronavírus é fundamental para protegê-las e permitir o alcance de 90% de cobertura vacinal da população total.

“Vacinas são seguras, eficazes e devem ser disponibilizadas para toda a população. A imunidade de rebanho não é opção de saúde pública para nenhuma faixa etária”, disse o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.

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A Sesa destacou ainda que durante a pandemia, a covid-19 constituiu-se como a principal causa de morte por doença infectocontagiosa em crianças. Ao todo, foram registrados 2,4 mil óbitos no país, sendo 3,6 por dia.

Brasil ainda não tem doses da Pfizer para aplicação em crianças

O Brasil ainda não tem em solo nacional as chamadas doses pediátricas da vacina da Pfizer, que são voltadas à aplicação em crianças. O início da aplicação dos imunizantes nesse público está condicionado à chegada das doses adaptadas, o que pode fazer com que as crianças comecem a ser imunizadas somente no ano que vem.

Como a vacinação de crianças não estava aprovada pela Anvisa, a Pfizer apontou que "nenhuma dose de vacina pediátrica foi enviada ainda ao País". 

Por outro lado, a farmacêutica explica que o terceiro contrato firmado com o governo brasileiro, assinado em 29 de novembro para o fornecimento de 100 milhões de imunizantes anticovid no ano de 2022, abre caminho para a chegada de vacinas para crianças.

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Isso porque, continua a Pfizer, o acordo "inclui a possibilidade de fornecimento de versões modificadas do imunizante para variantes (como a Ômicron), que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias". O fornecimento depende do que for solicitado pelo Ministério da Saúde.

Apesar de ter o mesmo princípio ativo, a formulação pediátrica para crianças entre 5 a 11 anos, por exemplo, possui uma concentração diferente, um maior número de doses por frasco e um prazo de armazenamento maior na temperatura de geladeira entre 2°C a 8°C. 

"O frasco também virá com uma coloração diferenciada, com tampa e rótulos cor laranja, para que possa ser distinguido da formulação utilizada hoje em indivíduos com 12 anos ou mais", informou a Pfizer.

Segundo a farmacêutica, o imunizante demonstrou eficácia de 90,7% em estudo clínico desenvolvido especificamente para a faixa etária pediátrica. Os ensaios de fase 2/3 foram realizados em 2.268 crianças em Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha.

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Procurado pela reportagem do Estadão, o Ministério da Saúde não informou se o contrato firmado com a Pfizer no fim de novembro já condicionava a liberação de determinada quantidade de doses pediátricas assim que a Anvisa aprovasse a vacina para crianças ou se terá que fazer uma solicitação para pedir as doses específicas.

Conforme mostrou o Estadão no início de novembro, a pasta antecipou a negociação com a Pfizer para adquirir 40 milhões de doses para imunizar crianças de 5 a 11 anos, o que acabou resultando no fechamento do contrato no final daquele mesmo mês. 

Não foi especificado, contudo, se o governo federal continua prevendo a mesma quantidade para aplicação nesse público-alvo e em qual janela de tempo planeja administrar as vacinas.

Leia também: Sem provas, Bolsonaro cita efeitos colaterais de vacinas após Anvisa aprovar uso em crianças

Com informações do Estadão Conteúdo

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