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Saúde

Pacientes com doença genética terão tratamento específico no SUS

Ministério da Saúde publicou documento que orienta profissionais de saúde de todo o país a diagnosticarem e tratarem pessoas com a doença genética rara de dois tipos

Redação Folha Vitória
audima
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Foto: SUS
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Pacientes com a doença rara mucopolissacaridose (MPS) tipos IV A e VI passam a contar com tratamento específico no Sistema Único de Saúde (SUS). A estimativa é de que haja no Brasil 183 pessoas com o tipo VI e cerca de 153 com o tipo IV A da doença, que consiste em um distúrbio genético que provoca malformações e dificuldades motoras, auditivas e visuais.

Profissionais de saúde de todo o país e pacientes podem acessar os protocolos para os tipos IV A e VI. Os documentos também trazem informações sobre sintomas, como a doença se manifesta, incidência, como diagnosticar e, ainda, orientam a oferta e o acesso do tratamento pelo SUS.

Os pacientes com o tipo IV A terão disponível no SUS o medicamento Alfaelosulfase. Aqueles com o tipo VI poderão contar com o Galsulfase. Os fármacos já haviam sido incorporados no SUS no final do ano passado. Por isso, a necessidade da elaboração dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs) com orientações sobre o uso, incluindo a dosagem, que varia de acordo com o peso corporal. A administração dos medicamentos deve ser feita em centros de referência para atendimento de doenças raras por se tratar de infusão intravenosa (injeção de agulha).

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Esses medicamentos auxiliam no controle da doença, que não tem cura, por meio da injeção de enzimas deficitárias no organismo de pacientes com mucopolissacaridose. Trata-se da chamada Terapia de Reposição Enzimática. As enzimas são substâncias (proteínas) que participam de reações químicas no organismo, como produção de energia e digestão de alimentos, processos fundamentais para a vida.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no Sistema Único de Saúde (Conitec) elaborou ambos os protocolos, que foram submetidos à consulta pública para contribuições de pesquisadores, associações, pacientes e interessados no tema.

TRATAMENTO PARA A DOENÇA RARA

O diagnóstico da doença é feito por exames bioquímicos e/ou genéticos ofertados no SUS. O tratamento para os dois tipos da doença (IV A e VI) envolve equipe multidisciplinar para cuidados, intervenções específicas, como a Terapia de Reposição Enzimática, e cirurgias para correção de alterações esqueléticas.

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Além desses dois tipos, a doença apresenta outros quatro estágios. Em junho do ano passado, o Ministério da Saúde já havia incorporado os medicamentos Laronidase e Idursulfase Alfa para o tratamento de mucopolissacaridose tipos I e II.

MUCOPOLISSACARIDOSES - DOENÇA GENÉTICA RARA

As mucopolissacaridoses são doenças causadas pela falta ou deficiência de enzimas que auxiliam em reações químicas do organismo e, com a falta delas, há alterações no funcionamento dos órgãos, resultando em limitações no desenvolvimento motor como, por exemplo, dificuldades para ver e ouvir, desalinhamento dos joelhos, alterações faciais e baixa estatura, além de outras complicações gastrointestinais e cardiovasculares.

A doença não tem cura, mas, quando tratada adequadamente, é possível não só reduzir as complicações e sintomas, mas também impedir o agravamento.

A mucopolissacaridose tipo IV A, conhecida também como Síndrome de Mórquio, se manifesta nos primeiros anos de vida e causa diversas alterações ósseas nos pacientes, como baixa estatura desproporcionada (tronco curto) e alterações articulares bilaterações (rigidez, dor, contraturas). Estes quadros geram limitações no desenvolvimento motor que podem, inclusive, evoluir para tetraplegia. Diferentemente de outras MPS, a Síndrome de Mórquio não causa alterações no sistema nervoso central.

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O tipo VI da doença é também conhecido como Síndrome de Maroteaux-Lamy. Pacientes portadores desse tipo são saudáveis no nascimento, mas, ao longo do crescimento, passam a apresentar alterações motoras e oculares. Entre os sintomas estão perda auditiva, mãos em garra, alterações esqueléticas (limitação da amplitude de movimento).

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