Cigarro eletrônico causa dependência e tem venda proibida pela Anvisa
O aparelho aumenta o risco de infarto agudo do miocárdio e de doenças respiratórias e pulmonares, como a asma
O cigarro eletrônico não é um produto inócuo, tem substâncias cancerígenas e aditivos com sabores, com efeitos tóxicos ainda desconhecidos sobre a saúde, informa o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Por ser uma novidade e existirem inúmeras formas, gerações, marcas e líquidos, os efeitos de longo prazo na saúde decorrente das inúmeras substâncias presentes no vapor dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), ou cigarros eletrônicos, ainda não são completamente conhecidos. “O consumo dos cigarros eletrônicos não é recomendado. Qualquer produto derivado do tabaco causa dependência e é prejudicial à saúde”, adverte Andrea Reis, da Divisão de Controle do Tabagismo, do INCA.
De acordo com o INCA, a forma como o produto vem sendo divulgado em diferentes países é problemática, pois leva as pessoas a acreditaram que é um produto menos nocivo do que os cigarros convencionais. “As mesmas técnicas de marketing e publicidade usadas no passado com os cigarros tradicionais, passando a imagem de que não há riscos, acabam estimulando o consumo deste produto por crianças e jovens”, alerta Andrea.
O que é o cigarro eletrônico?
O cigarro eletrônico é um dispositivo eletrônico utilizado para fumar, alimentado por uma bateria. Contém um cartucho que armazena nicotina líquida, água, substâncias aromatizantes e solventes, como glicerina e propilenoglicol.
Cigarro eletrônico é permitido no Brasil?
Não. Como medida de precaução e proteção à saúde de nossa população, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização, importação e propaganda de quaisquer Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF).
Qual é o perigo dos cigarros eletrônicos?
O cigarro eletrônico contém nicotina, que causa dependência. Este é o primeiro perigo. Além disso, o cigarro eletrônico é o termo utilizado para definir uma grande variedade de produtos que divergem em relação a formato, concentrações de líquidos, marcas, etc. Portanto, pressupõe-se que haja também uma variedade em sua toxicidade e nas consequências para a saúde de quem os usa, dificultando as conclusões de estudos e do controle sobre o que é consumido.
Mesmo diante da variedade de produtos, já se pode dizer que os cigarros eletrônicos representam dois tipos de riscos: o risco individual, que é o surgimento de doenças relacionadas ao seu uso, a ocorrência de explosões e a intoxicação, principalmente por crianças, pelo contato com seu líquido; e o risco coletivo, que seria o impacto da entrada e consumo destes produtos nas medidas de controle do tabaco de um país.
Por: Agência Saúde