/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Saúde

Exercício físico reduz mortalidade em pacientes com demência, aponta estudo

Pesquisa revela que praticar atividades físicas, mesmo após o diagnóstico de demência, pode diminuir significativamente o risco de morte

Redação Folha Vitória

audima
audima
Foto: Reprodução/Freepik
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

A prática regular de exercícios físicos tem se mostrado um aliado poderoso na redução do risco de mortalidade em pessoas com demência, incluindo o Alzheimer

Um estudo recente publicado no British Journal of Sports Medicine descobriu que, mesmo aqueles que começaram a se exercitar somente após o diagnóstico da doença, apresentaram uma redução de 20% no risco de falecimento em comparação aos pacientes sedentários. Essa descoberta reforça a importância da atividade física para melhorar a saúde e a qualidade de vida de quem já vive com o quadro.

LEIA TAMBÉM:

>> Pesquisa brasileira reforça poder anti-inflamatório da castanha-do-pará

>> Cuidar do coração não é só prevenir doenças; entenda

>> Nutricionista dá dicas dos melhores e piores alimentos para a flacidez

Benefícios do exercício para pacientes com demência

A pesquisa, realizada na Coreia do Sul, acompanhou 60.252 pacientes diagnosticados com demência entre 2010 e 2016. 

Os resultados mostraram que os pacientes que mantiveram ou adotaram hábitos de exercício físico reduziram consideravelmente o risco de morte. Para aqueles que já praticavam atividades físicas antes do diagnóstico, a redução foi de até 29%, comparado aos inativos.

O estudo evidenciou que, independentemente da intensidade (leve, moderada ou vigorosa), qualquer tipo de exercício teve um impacto positivo na redução da mortalidade. Segundo Kye-Yeung Park, autor principal do estudo e pesquisador da Universidade de Hanyang, além de melhorar a saúde física, a atividade física pode retardar o progresso da demência, protegendo também a função cognitiva dos pacientes.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Em 2023, a revista científica The Lancet apontou que a inatividade física é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da demência, sugerindo que mudar hábitos de vida, incluindo a prática de exercícios, poderia prevenir até 45% dos casos. 

O estudo sul-coreano segue essa linha, destacando que os benefícios da atividade física vão além da prevenção, podendo influenciar positivamente o tratamento de quem já foi diagnosticado com demência.

Efeitos da atividade física no cérebro

A prática de atividades físicas também é benéfica para a saúde do cérebro, especialmente em pacientes com demência. Nei Lima, especialista em gerontologia, explica que a atividade física recruta diferentes áreas do cérebro, principalmente quando envolve movimentos complexos que exigem raciocínio e coordenação motora. 

Para quem vive com demência, isso pode representar um aumento na reserva cognitiva, que ajuda a proteger o cérebro contra o avanço dos processos neurodegenerativos.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Embora tanto os exercícios aeróbicos quanto os treinamentos de força resistida (como musculação e pilates) tragam benefícios para a saúde cerebral, os especialistas acreditam que a musculação pode ser particularmente vantajosa, já que aumenta a produção de uma proteína chamada miocina, essencial para a comunicação neuronal.

Apesar dos benefícios, a prática de exercícios pode ser desafiadora para pessoas com demência, especialmente as de mais idade, que podem ter dificuldades de mobilidade ou outras condições físicas. 

Mychael Lourenço, neurocientista da UFRJ, ressalta que a dificuldade de adesão ao exercício físico entre idosos pode ser um obstáculo. No entanto, ele acredita que os efeitos neuroprotetores da atividade física podem, no futuro, ser complementados por novos tratamentos farmacológicos, especialmente para aqueles com limitações severas.

Carregando...

Exercícios e medicamentos combinados

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

Lourenço também sugere que o estudo pode abrir portas para o desenvolvimento de medicamentos que imitem os efeitos neuroquímicos do exercício físico, como a miocina, contribuindo para a proteção do cérebro. 

Contudo, ele enfatiza que isso não significa substituir o exercício físico por pílulas, mas sim explorar formas de combinação de tratamentos que potencializem os benefícios tanto da atividade física quanto das intervenções farmacológicas.

A conclusão do estudo sul-coreano é clara: a atividade física deve ser incorporada não apenas como prevenção, mas também como parte do tratamento de pessoas com demência. 

A combinação de exercício, uma alimentação equilibrada e estímulos cognitivos pode ser a chave para melhorar a qualidade de vida e diminuir o risco de mortalidade em pacientes diagnosticados com doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramenta de Inteligência Artificial e revisado por editor do jornal.


/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.