/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Saúde

Capixaba de 9 anos recebe terapia inovadora contra leucemia em SP

Segundo a Sesa-ES, Lorenzzo Bom Costa foi a primeira criança a ter acesso à terapia CAR T-Cell no Hospital Albert Einstein, que tem mostrado bons resultados em pacientes

Redação Folha Vitória

audima
audima
Foto: Divulgação / Governo do ES
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Um morador de Vila Valério, no noroeste do Espírito Santo, conseguiu receber um tratamento imunológico inovador para a leucemia, conhecido como CAR T-Cell (Chimeric Antigen Receptor T-Cell) no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo. 

A terapia foi realizada em Lorenzzo Bom Costa, de 9 anos, no mês de agosto deste ano. Ele trata da leucemia linfoide aguda tipo B desde 2019 no Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória.

LEIA TAMBÉM:

>> Especialista de Harvard aponta 4 mitos sobre a doença celíaca

>> MG descarta caso de doença da "vaca louca" em humano em Caratinga

>> Mulheres e pessoas abaixo de 60 anos vivem menos após infarto, mostra estudo

Lorenzzo foi a primeira criança a ter acesso à terapia CAR T-Cell no Hospital Albert Einstein, que tem mostrado bons resultados, especialmente para os pacientes com o mesmo tipo de leucemia do menino.

De acordo com o diretor-geral do HINSG, Clio Zanella Venturim, a parceria entre os hospitais visa reduzir as desigualdades no acesso a tratamentos de saúde, garantindo que tecnologias de ponta, como a terapia a qual o Lorenzzo recebeu, estejam disponíveis.

“Além disso, revela o tamanho da importância da medicina integrada e da colaboração entre instituições de excelência, incentivando a troca de experiências, com estudos de casos, garantindo o melhor tratamento para pacientes do SUS com doenças complexas”, disse.
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Lorenzzo já está de volta ao Estado e os acompanhamentos estão sendo realizados semanalmente no Hospital Infantil de Vitória, onde é assistido por uma equipe multidisciplinar no Núcleo de Trabalho em Onco-Hematologia. 

Maureti Jones Bom, mãe de Lorenzzo, diz que ele segue tendo algumas restrições devido ao tratamento.

“Ele segue algumas restrições e tem comparecido ao HINSG uma vez por semana, mas eu só tenho a agradecer, nossos corações se encheram de esperança. Agradecer também ao SUS, porque todo o tratamento foi realizado por meio dele”, celebrou Maureti Jones Bom, mãe do paciente.

De acordo com a a chefe do Núcleo de Trabalho em Onco-Hematologia, do Hospital Infantil de Vitória, Tânia Bitti, foram necessários inúmeros esforços, como a estabilização do quadro clínico e a adequação do tratamento quimioterápico, de modo a permitir que o procedimento fosse realizado, para que o paciente chegasse ao tratamento em sua melhor condição possível.

Carregando...

Ela ressaltou ainda que o processo de tratamento com CAR T-Cell é considerado complexo e que exige que a família esteja bem informada sobre cada etapa, riscos e benefícios envolvidos. 

“E foi a integração do Hospital Infantil de Vitória com o hospital em São Paulo que possibilitou que a família fosse para o procedimento orientada, segura e confiante quanto ao procedimento”, disse a médica.

Como é a terapia Car T-Cell?

A terapia CAR-T Cell utiliza células do sistema imunológico (conhecidas como linfócitos T) extraídas do paciente e geneticamente modificadas em laboratório para reconhecer e atacar as células tumorais. Trata-se de um procedimento médico de grande complexidade.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Segundo a hematologista pediátrica Julia Lopes Garcia, que atua na equipe de Hematologia, Transplante e Terapia Celular do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo, em novembro de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o primeiro tratamento com CAR-T-Cell no Brasil, o Kymriah, para a leucemia linfoide aguda tipo B, na faixa etária de 6 meses a 25 anos, aos pacientes com a doença recidivada ou refratária.

Antes de Lorenzzo, a terapia já havia sido iniciada com três pacientes adultos. A profissional ainda disse que, embora seja um tratamento complexo e de alto custo, grandes centros têm se unido para mudar essa realidade. 

“Existe um movimento muito grande com a Fundação Oswaldo Cruz, a ANVISA e grandes centros, como o Albert Einstein, onde trabalho, entre outros, para que o tratamento se torne mais acessível”, disse.

O tratamento acontece por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), que é uma parceria entre o Ministério da Saúde e hospitais filantrópicos de reconhecida excelência no país, e busca o fortalecimento do SUS.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.