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Saúde

Como? Calor extremo e baixa umidade podem agravar olho seco. Veja sintomas

Os olhos, pele e sistema cardiovascular são os mais afetados pelo calor intenso. O principal efeito é a síndrome do olho seco que afeta 24% dos brasileiros

Redação Folha Vitória

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audima
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Foto: user18526052/Freepik

Que perigo!

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que a onda de calor extremo, que chegou ao Brasil antes do verão começar, continuará predominando até 17 de novembro. Pior: A estimativa da Organização Mundial de Meteorologia (OMM) é de que este ciclo climático se estenda até abril.

Os meteorologistas também afirmam que em 2024 a temperatura vai ser ainda mais elevada. O Inmet prevê para esta semana que diversas partes do Brasil entrem em estado de alerta. Isso porque a umidade do ar deve variar de 12 a 20%, e a temperatura permanecerá 5 °C acima da média, indicando alto risco para a saúde.

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A capital do Espírito Santo deve registrar um novo recorde de altas temperaturas no ano. De acordo com a Climatempo, há chances de que os termômetros em Vitória cheguem aos 38 °C. O atual recorde de calor em 2023 é de 37,7 °C.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, afirma que os olhos, pele e sistema cardiovascular são os mais afetados pelo calor intenso. Nos olhos, o principal efeito do calor é a síndrome do olho seco que afeta 24% dos brasileiros.

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A síndrome, explica, é uma alteração na quantidade ou qualidade da lágrima que tem a função de lubrificar, oxigenar, alimentar e proteger a superfície dos olhos das agressões externas.

SINTOMAS E TIPOS DE OLHO SECO

Leôncio afirma que a lágrima é composta por três camadas: aquosa, lipídica e de mucina. Os sintomas do olho seco são: 

visão embaçada;

sensação de areia nos olhos;

ardência, vermelhidão;

fotofobia.

Ele ainda pontua que a síndrome pode ser assintomática em 11% dos casos. Isso porque o hábito de beber pouca água pode causar uma pequena deficiência na produção da camada aquosa da lágrima. "Por ser a mais espessa, corresponde a 98% do filme lacrimal, uma redução pequena passa despercebida", explica.

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O médico afirma que a maior redução da camada aquosa da lágrima pode causar grave desconforto. Suas principais causas são: 

menopausa;

andropausa;

doenças autoimunes;

uso de antidepressivos;

anti-hipertensivos;

antialérgicos.

Leôncio conta que este foi o caso do paciente J. M., que já tinha instilado vários tipos de colírio lubrificante nos olhos que continuaram fisgando. O caso foi tratado com um implante de plugue biodegradável no canal lacrimal para diminuir a drenagem da lágrima e a necessidade de instilar colírio.

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O olho seco também pode ser do tipo evaporativo que responde por 70% dos casos.

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Segundo o oftalmologista, é causado pela obstrução das glândulas de Meibômio que ficam localizadas na borda das pálpebras e produzem a camada lipídica da lágrima que evitara evaporação da camada aquosa.

RISCO DAS TELAS

O médico afirma que hoje o principal fator de risco do olho seco é o uso diário das telas por muitas horas. Isso porque, segundo Leôncio, piscamos cerca de vinte vezes por minuto e na frente do monitor de seis a sete vezes. Esta redução faz a lágrima evaporar mais rápido e atinge todas as idades.

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Outros fatores de risco do olho seco são:

baixo consumo de alimentos ricos em ômega3 – castanhas, nozes, sardinha, salmão e bacalhau;

beber pouca água;

uso incorreto de lente de contato;

diabetes;

cicatrizes na córnea;

ceratocone;

blefarite.

TRATAMENTOS

Leôncio afirma que o olho seco pode ser tratado com colírios lubrificantes, implante de plugue lacrimal e aplicações de luz pulsada que estimulam a produção da camada lipídica da lágrima e apresentam alívio ao desconforto dos olhos desde a primeira aplicação, liberando o paciente do uso de colírios lubrificantes.

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PREVENÇÃO

O oftalmologista apresenta 7 recomendações para manter os olhos lubrificados.

1. Nas telas pisque voluntariamente;

2. Descanse os olhos olhando por 20 segundos a cada 20 minutos para um ponto distante de 20 polegadas ou 6 metros;

3. Posicione o computador abaixo da linha dos olhos para manter a superfície ocular mais lubrificada;

4. Desligue os equipamentos uma hora antes de ir dormir para ter uma boa noite de sono;

5. Limpe a borda das pálpebras com cotonete embebido em xampu neutro para evitar a obstrução das glândulas e a blefarite;

6. Beba água. Hidratação nunca é demais. Protege os olhos, a pele e os rins;

7. Inclua ômega na dieta. As melhores fontes são: abacate, castanhas e peixes gordos como a sardinha, salmão e bacalhau.

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