Lipoaspiração: após morte de Luana Andrade, especialista explica riscos e como evitá-los
Na terça-feira (7), a influenciadora de 29 anos, ex-participante do 'Power Couple Brasil 6', morreu após complicações decorrentes de uma cirurgia estética
Desde a morte, na terça-feira (7), de Luana Andrade, 29 anos, influenciadora e ex-participante do Power Couple Brasil, reality show da Record, após complicações de uma lipoaspiração, surgiram questionamentos sobre a segurança do procedimento.
Em uma nota oficial, o SBT, emissora onde a artista trabalhava atualmente, confirmou que Luana sofreu paradas cardiorrespiratórias durante a lipoaspiração e não resistiu.
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Cercado de mitos, casos como esse trazem à tona uma série de dúvidas. Mas, o procedimento é perigoso? Pode ser fatal? Para responder essas e outras perguntas, a reportagem do Folha Vitória ouviu a médica cirurgiã-plástica, Patricia Lyra.
Antes é preciso entender que, assim como qualquer procedimento cirúrgico, a lipoaspiração tem, sim, seus riscos.
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O tratamento, muito buscado pelas mulheres, tem por objetivo remover a gordura localizada de diversas áreas do corpo.
Durante a cirurgia, a gordura é fragmentada e em seguida retirada por meio de sucção. É necessário o uso de anestesia, seja ela local, geral ou peridural, a depender da área e o volume de gordura a ser lipoaspirado.
"A lipoaspiração é realizada Através de cânulas inseridas no subcutâneo do paciente. A duração depende da área a ser tratada. Áreas maiores demoram mais, como as que envolvem todo o dorso, braços. abdome, culotes", explica Patrícia.
1. Qualquer pessoa pode passar por uma lipoaspiração?
R: "Sim, desde que tenha gordura localizada não responsiva à dieta e atividade física, que tenham condições clínicas para o procedimento, tais como gordura localizada na região do abdômen, flancos, dorso (costas), culotes, face interna das coxas, face interna do joelho, braços e também próximo à região das axilas".
2. Quais os principais riscos do procedimento?
R: "Os mais comuns são reação alérgica, parada cardiorrespiratória, inslucive na indução anestésica, embolia, anemia aguda, necrose, infecção, dentre outros".
3. É possível reduzir esses riscos? Como?
R: "A principal forma de reduzir os riscos é fazer um bom pré-operatório, que consiste em exames de sangue, urina e de imagem solicitados conforme o procedimento a ser realizado.
Além disso, é necessária avaliação cardiológica e anestésica que atestem a condição clínica para o procedimento. Também é muito importante fazer o procedimento em um hospital, de preferência que tenha UTI de retaguarda.
Entenda o caso de Luana Andrade
Luana Andrade, segundo o Hospital São Luiz do Itaim, em São Paulo, de acordo com apuração do R7, informou que a influenciadora morreu de embolia pulmonar maciça.
A unidade hospitalar disse ainda que o procedimento foi feito por um cirurgião e um anestesista particulares, contratados pela família. A influenciadora, após duas horas da cirurgia, apresentou uma intercorrência levando a uma parada cardíaca. Luana precisou ser reanimada pela equipe.
O procedimento, então, foi interrompido. Exames constataram o quadro de trombose maciça.
O que é trombose maciça?
A trombose é caracterizada pelo desenvolvimento de um coágulo, chamado trombo, dentro de um vaso sanguíneo, provocando um entupimento dificultando o retorno venoso ao coração.
Entre os principais fatores de risco da trombose, de maneira geral, estão:
* Cirurgias;
* Imobilização prolongada;
* Fraturas;
* Hospitalizações;
* Gestação;
* Uso de anticoncepcionais;
* Fatores hereditários.
Sintomas da trombose
Segundo publicação da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, os sintomas da trombose são:
- Edema (inchaço unilateral);
- Dor;
- Vermelhidão na pele;
- Rigidez da musculatura da panturrilha;
- Aumento da temperatura local.
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