Adenocarcinoma no intestino: o que é diagnóstico após exame que detecta câncer?
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon, é o terceiro mais comum no Brasil; saiba mais
O adenocarcinoma é um tumor maligno que pode afetar diversos segmentos do sistema digestivo, incluindo a parte final do intestino, como no caso da cantora Preta Gil.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon, é o terceiro mais comum no Brasil. Fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma e dos tumores de mama e de próstata.
São aproximadamente 40 mil novos diagnósticos anuais, tanto em homens quanto em mulheres. Dentre esses casos, cerca de 30% estão relacionados a fatores comportamentais, como alimentação inadequada, tabagismo e inatividade física.
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Segundo o Inca, se essa tendência persistir, a estimativa é que o número de casos aumente consideravelmente até 2030, triplicando em homens e quase triplicando em mulheres.
No entanto, quase 30% de todos os casos de câncer de intestino podem ser prevenidos através de uma alimentação saudável, prática regular de atividade física e a redução do consumo de bebidas alcoólicas.
Além de Preta Gil, pessoalidades como a cantora Simony, o Rei Pelé e o ex-jogador do Vasco Roberto Dinamite também enfrentaram essa doença.
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A médica proctologista Bruna Schwan Guerini de Almeida explicou ao Folha Vitória que o câncer de cólon ou colorretal é desencadeado por células que crescem desordenadamente.
Ele se inicia na parte do intestino grosso, chamada cólon, e no reto, ou seja, no final do intestino, região imediatamente anterior ao ânus.
Na maioria dos casos, a doença é tratável e tem cura, principalmente ao ser detectada precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos.
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Grande parte desses tumores começa com pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.
SINTOMAS DO CÂNCER DE INTESTINO
Antes de qualquer coisa, é importante saber quais são os principais sintomas da doença. De acordo com a especialista, o câncer colorretal em estágio inicial é assintomático.
"Conforme o câncer vai crescendo, sintomas surgem. Na maioria dos casos, ele é assintomático. Entre os principais sintomas estão sangramentos; obstrução intestinal, que é a dificuldade do paciente de evacuar; dores abdominais, por conta da dificuldade da passagem das fezes; e distensão abdominal, quando o tumor já está ocupando grande parte da porção interna do intestino", explica a médica.
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Segundo informações do Inca, os sintomas mais comumente associados ao câncer de intestino são: sangue nas fezes, dor, desconforto abdominal, mudanças nos hábitos intestinais, como alternância entre diarreia e prisão de ventre.
Pacientes afetados por essa condição também podem apresentar fraqueza, anemia, perda de peso inexplicada, fezes com formato atípico (muito finas e compridas) e tumoração abdominal.
O Inca destaca que tais manifestações também podem ser sintomas de outras condições de saúde, como hemorroidas, infestações por parasitas intestinais e úlceras gástricas, entre outras.
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Portanto, é fundamental que esses sintomas sejam devidamente investigados para um diagnóstico preciso e a implementação de um tratamento específico.
EXISTE GRUPO DE RISCO?
A especialista faz um alerta: "Atualmente, todas as pessoas acima de 45 anos se enquadram no grupo de risco e devem iniciar a prevenção e o rastreamento do câncer de cólon por meio de um exame chamado colonoscopia. Pessoas que tem familiares com histórico da doença, e principalmente quanto mais jovem esse parente tenha tido o câncer, mais se enquadra no grupo de risco", ressalta.
Pessoas com doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn e retocolite, também são pacientes de grupo de risco.
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COMO PREVINIR
A prevenção deve começar a partir de 10 anos antes da idade em que o familiar apresentou a doença.
"Vamos supor que o paciente tenha um pai que teve câncer de intestino aos 50 anos, então ele terá que começar a prevenção aos 40 anos. É o que vier primeiro: 45 anos ou 10 anos antes da idade em que o familiar teve a doença", pontuou.
A melhor maneira de prevenir o câncer de cólon é por meio de exames.
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"Principalmente por meio da colonoscopia e também um acompanhamento feito por um gastroenterologista ou um proctologista, que solicitam o exame. É por meio da colonoscopia que a gente consegue identificar as lesões que podem vir a ser um câncer, retirá-las e prevenir a doença", destaca a especialista.
Bruna disse ainda que é um dos poucos tipos de câncer que é possível identificar através de um exame, prevenir e até mesmo tratar o problema.
O QUE É COLONOSCOPIA?
Anos atrás, a recomendação médica era de que a colonoscopia começasse a ser realizada aos 50 anos. Porém, com a mudança nos hábitos de vida e com ela o aumento dos riscos de desenvolver a doença mais cedo, isso mudou.
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De maneira geral, segundo o cirurgião geral e oncológico Arnaldo Urbano Ruiz, coordenador do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São Paulo, ouvido pelo Estadão, o rastreamento deve começar a partir dos 45 anos.
Caso os exames se apresentem normais, após a primeira colonoscopia, ela só deverá ser repetida dentro de 3 a 5 anos, dependendo dos relatos do paciente e avaliação médica.
Para fazer o exame, o paciente passa por uma dieta preparatória dois dias antes. Já no dia do procedimento, é sedado. Depois, por meio de um tubo fino com uma câmera na ponta, o equipamento chamado de colonoscópio é introduzido pelo médico no ânus, podendo então observar e identificar possíveis alterações.
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