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Saúde

Pandemia, home office e isolamento geram aumento de dores nas costas

O neurocirurgião destaca que exercícios físicos são importantes tanto para prevenir quanto para tratar dores na coluna

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Os novos hábitos causados pela covid-19, como trabalhar em casa sem adaptação adequada e deixar de praticar atividades físicas por conta do isolamento social, fez com que pessoas com dores crônicas nas costas relatassem piora no quadro. Segundo pesquisas, inclusive pessoas que não tinham problemas na coluna passaram a sentir dor nesta parte do corpo.

O neurocirurgião Guilherme Rossoni explica: “Como a mobilidade diminuiu, ficamos mais sedentários. Muitas pessoas deixaram de praticar exercícios físicos, de frequentar fisioterapia ou pilates, por exemplo, o que faz com a musculatura se enfraqueça e encurte, causando dor nas costas. Mesa e cadeiras inadequadas para trabalhar causam dor não só na lombar, mas nos braços, pescoço e pernas. Mais tempo em casa, mais tempo também sentado de qualquer maneira no sofá. Mesmo com a abertura progressiva muita gente continua trabalhando em casa ou com receio de sair, principalmente os idosos”, esclarece o especialista.

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Ainda de acordo com ele, a má postura, a falta de atividades e o estresse, que aumenta a tensão, podem comprimir os nervos, gerando dor. Com hábitos simples como, por exemplo, caminhar e alongar-se em intervalos regulares durante o período de home office pode-se conquistar uma rotina mais saudável.

“Trabalhar sentado é prejudicial tanto pela posição, que é responsável pelas alterações dos ângulos do quadril e da coluna, como pelo tempo prolongado. A posição é a principal causadora de dores e de lesões degenerativas. Sem ergonomia adequada é ainda pior”, afirma.

A dica para quem trabalha muito tempo sentado é sentar-se com o bumbum próximo do encosto da cadeira para ajudar na manutenção da curvatura lombar e ao se sentar, procure colocar uma pequena almofada nesta região.

“O jeito correto é ficar com a postura ereta e com os pés sempre apoiados no chão. Se for ficar sentado por muito tempo, é interessante que a cadeira tenha apoio para os braços e que fique ajustada de maneira que as pernas fiquem mais elevadas que o quadril”, ensina.

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No computador, a postura certa é com ombros abaixados, olhos na altura do monitor, costas no encosto da cadeira e os dois pés no chão.

O neurocirurgião destaca que exercícios físicos são importantes tanto para prevenir quando para tratar dores na coluna. “Ginástica laboral, pilates, musculação e natação podem ser feitos desde que bem indicados e acompanhados por um profissional”, esclarece.

TRATAMENTOS

As técnicas para tratar dores na coluna estão cada vez mais modernas e pouco ou nada invasivas. As cirurgias, quando necessárias, são cada vez mais simples.

Bloqueio

Procedimento minimamente invasivo, que tem o objetivo de interromper os impulsos sensitivos que levam a informação de dor ao sistema nervoso central. “São realizadas infiltrações compostas por medicamentos como anestésicos, corticóides e anti-inflamatórios, sendo indicadas para alívio das dores na coluna cervical, lombar e torácica, bem como em dores em articulações ou irradiadas para os membros superiores e inferiores”, conta o médico.

Rizotomia por radiofrequência

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Pode ser usada para a artrose da coluna. É minimamente invasiva, feita por meio de agulhas especiais introduzidas na pele, onde é realizada uma lesão térmica (cauterização) nos nervos dessas articulações inflamadas, responsáveis pela sensação de dor. O procedimento é feito com leve sedação e anestesia local e a alta hospitalar pode ocorrer poucas horas após o término da técnica. O alívio pode ser imediato, com melhora completa por um período, que pode variar de 6 meses a 1 ano. “Porém, é importante manter o tratamento clínico com fisioterapia e reabilitação física para fortalecimento muscular”, lembra o neurocirurgião.

Cirurgia Endoscópica da coluna

Uma das mais modernas técnicas minimamente invasivas para tratamento da hérnia de disco. O procedimento é realizado através de aparelhos endoscópicos associados a câmeras. “O cirurgião consegue acessar e remover a hérnia de disco, além de descomprimir a região, causando um dano mínimo nas estruturas da coluna e na musculatura. Isto permite um pós-operatório com elevada taxa de sucesso, menos dor, alta hospitalar no mesmo dia e retorno precoce às atividades normais”, ressalta o médico, especialista na técnica pela World Spine Center.


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