Medo de agulha interfere em tratamento e saúde do paciente
Estima-se que o pavor de agulhas acometa cerca de 10% da população mundial
É comum encontrar alguém que sente aquele mal-estar só de pensar em levar uma picada de agulha. Mas você já parou para imaginar que esse incômodo pode ser, na verdade, uma fobia? Ela consiste em um medo profundo e persistente de uma coisa específica, que pode ser um objeto, animal ou até mesmo uma situação. Mesmo que aquilo não represente perigo, a pessoa sente pavor irracional, que acarreta em ansiedade perceptível.
Chamado de aicmofobia, esse pavor de agulha é sério, justamente porque faz com que pessoas recusem a se submeter a exames periódicos, como coleta de sangue ou até a tratamentos médicos que demandam diversas injeções por dia, como a aplicação de insulina no caso de quem tem diabetes.
Apesar de não haver estatísticas sobre a incidência desse tipo de comportamento no Brasil, a aicmofobia é bastante comum. Estima-se que o pavor de agulhas acometa cerca de 10% da população mundial. Para essas pessoas, o contato com a agulha não é só uma picada, mas um transtorno sério que a impede de se tratar.
Como identificar
É importante reforçar que somente desconforto em relação às agulhas não é uma fobia. Quem tem aicmofobia não consegue nem ao mesmo pensar nas picadas. Habitualmente, os sintomas incluem sensação de desespero, agitação, tonturas e desmaios. Outro pensamento comum é que esse medo torturante de agulha é mais comum nas crianças. Mas a realidade é que esse pavor não escolhe faixa etária, nem gênero.
Medo de agulha é tratável?
Relatos de pessoas que abandonam tratamentos médicos, deixam de doar sangue e até mesmo evitam engravidar são comuns na aicmofobia. O impacto desse medo no dia-a-dia é visível, mas há tratamentos que amenizam essa sensação.
É importante que o paciente procure um psicólogo que o oriente sobre o tratamento correto. Atualmente, pode ser até por meio de terapias que recorrem à realidade virtual (simulação de aplicação da agulha). Em casos mais complexos, recorre-se ao uso de medicamentos. Tratamentos inovadores já estão no mercado brasileiro, como um “porta de injeção”, dispositivo para administração direta de fármacos, sem necessidade de injeções diárias e ideal para quem faz muitas aplicações por dia.