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Saúde

Exercitar-se ao ar livre ajuda a aplacar dor e estresse, diz estudo

Pesquisa mostra que se movimentar em ambientes abertos ajuda a melhorar controle da dor e traz benefícios emocionais; confira cuidados para começar a se mexer

Agência Einstein

Redação Folha Vitória
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Foto: Freepik

*Por Thais Szegö, da Agência Einstein

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Emagrecer, reforçar a musculatura, fortalecer os ossos, aumentar a flexibilidade e a mobilidade, elevar a capacidade pulmonar, melhorar o sono, prevenir doenças... a lista de benefícios proporcionados pela prática de atividades físicas parece não ter fim — e se elas acontecerem ao ar livre, melhor ainda.

De acordo com um estudo publicado no American Journal of Lifestyle Medicine, ambientes externos estimulam mais as pessoas a se movimentarem e melhoram, entre outras coisas, a função imunológica, a resiliência do organismo em relação aos efeitos do clima e o controle da dor.

Quem se exercita ao ar livre também vê ganhos na função cognitiva, fica mais bem-humorado, menos ansioso, sente mais bem-estar, tem redução do estresse se sente mais feliz.

Esses benefícios também são percebidos por quem se exercita em geral, mas são ampliados para a turma que escolhe locais abertos. 

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“De fato, evidências científicas demonstram que realizar atividades físicas ao ar livre proporciona ganhos mais acentuados, em especial em relação à cognição, envolvendo atenção e memória no trabalho, e percepção de bem-estar, em comparação com as atividades físicas feitas em ambientes fechados”, afirma o profissional de educação física Brendo Faria Martins, especialista em fisiologia do exercício do Espaço Einstein de Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Entre as explicações para isso está o fato de que a exposição à luz solar e ao ambiente natural elevam a satisfação e a energia e aumentam os níveis de vitamina D, que ajuda a regular substâncias como a serotonina, neurotransmissor relacionado ao humor e ao bem-estar. 

Além disso, a variação de terreno e o contato com a natureza proporcionam um desafio adicional, o que torna a atividade mais envolvente e pode, inclusive, fazer a pessoa tomar gosto por exercícios.

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O mesmo vale para quem vive em cidades grandes. “Integrar exercícios ao ar livre na rotina diária, como ir caminhando ou pedalando ao trabalho, é uma maneira prática e eficaz de manter-se ativo e obter todos esses benefícios, mesmo quando o tempo disponível para os treinos é limitado”, sugere o médico do esporte e ortopedista Thiago Viana, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Mas, para que os ganhos sejam consistentes, é importante manter a constância dos exercícios e, nesse caso, o clima pode ser um problema: condições como chuva, frio ou calor intensos podem tornar a malhação ao ar livre menos atraente e até insegura.

Para que isso não afete a regularidade e a qualidade da prática, é importante ter planos alternativos para dias de condições climáticas desfavoráveis, como ir à academia ou ter equipamentos em casa. 

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“Além disso, dá para optar por atividades que não requerem muito espaço, nem acessórios, como calistenia, ioga, pilates ou treinos de circuito”, propõe Viana.

Também é recomendável fazer uma programação semanal flexível de exercícios, considerando as alterações climáticas e incluindo dias de recuperação ou treinos leves quando o clima não estiver favorável.

Cuidados práticos

A segurança é um ponto de atenção na malhação ao ar livre. “Ao sair para praticar algum esporte é importante informar outra pessoa sobre a rota e o horário estimado de volta, garantindo que alguém saiba o plano de exercícios e onde provavelmente você estará caso demore mais do que o esperado para voltar”, sugere Martins. 

Além de um contato de emergência, procure também escolher locais conhecidos e bem iluminados, especialmente ao exercitar-se em horários menos convencionais.

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Outra dica é ficar de olho no piso do local onde vai fazer atividade física. Isso porque, além de ter mais impacto ao ar livre, o chão tende a ser irregular e cheio de obstáculos como raízes de árvores, que podem provocar acidentes. 

Se for suar a camisa perto de ruas movimentadas, o ideal é usar roupas e acessórios reflexivos para não passar despercebido. Também é interessante fugir de locais com muita poluição.

“Para as pessoas com dores durante a prática de exercícios é recomendado tomar algumas precauções específicas, como evitar superfícies irregulares e optar por terrenos nivelados para reduzir o estresse sobre as articulações. O melhor é escolher rotas com menor inclinação, pois subidas e descidas acentuadas podem aumentar o incômodo nessas partes do corpo”, afirma Martins. 

Isso também vale para idosos: fortalecer a musculatura e fazer atividades que melhoram o equilíbrio ajuda a preparar o corpo, prevenindo lesões.

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Por fim, evite os horários de pico de calor no verão, passe protetor solar (mesmo quando o tempo estiver encoberto ou frio), use roupas adequadas à temperatura e, claro, não deixe de fazer uma boa hidratação.



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