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Saúde

MDMA: médica diz que ecstasy pode ajudar cura de doenças; veja o que é droga

Pesquisadora e cientista fala que relações sociais formadas durante o uso da substância podem ter efeitos positivos no tratamento de distúrbios e doenças psiquiátricas

Redação Folha Vitória

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audima
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Foto: Drobotdean/Freepik
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Um grupo de pesquisadores da Universidade de Chicago (UChicago), nos Estados Unidos, propõe que o uso do MDMA pode ser benéfico como um complemento à psicoterapia tradicional no tratamento de doenças psiquiátricas.

O MDMA, também conhecido como ecstasy ou "droga do amor", é uma substância alucinógena que induz estados de euforia e expansão dos sentidos e é frequentemente usada em contextos recreativos, como festas. 

De acordo com o Metrópoles, os resultados da pesquisa foram publicados na revista Scientific Reports em 22 de setembro.

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A professora de Psiquiatria e Neurociência Comportamental na UChicago, Harriet de Wit, autora sênior da pesquisa, afirmou: “Quando vemos que uma droga como o MDMA é usada em um ambiente recreativo, pode ser porque as pessoas acreditam que isso as torna mais ligadas. Como investigadores, estamos interessados em saber que componentes psicológicos estão envolvidos”

USO EM AMBIENTE CONTROLADO

O estudo de Harriet foi feito com adultos saudáveis. Durante algumas sessões realizadas em um ambiente controlado, todos os participantes receberam uma dose de 100 mg de MDMA em cápsula ou um placebo.

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Segundo o Metrópoles, após a administração da substância, eles foram incentivados a iniciar uma conversa com um estranho sobre tópicos superficiais predefinidos, como programas de TV ou feriados favoritos.

Depois da interação, os participantes foram convidados a avaliar as qualidades da outra pessoa e a conversa em si.

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Foram coletadas amostras de saliva para medir os níveis de ocitocina gerados durante a interação. A ocitocina é conhecida como o "hormônio do amor" por seu papel no estímulo ao bem-estar e na promoção dos laços sociais.

Quando os participantes receberam o MDMA, observou-se que apresentaram níveis mais elevados de ocitocina.

Além disso, eles relataram sentir-se significativamente mais conectados com seus parceiros de conversa e experimentaram sentimentos mais positivos em relação a eles em comparação com quando receberam o placebo.

Os pesquisadores acreditam que o uso controlado do MDMA em configurações terapêuticas pode fortalecer a conexão entre pacientes e terapeutas, tornando os indivíduos mais à vontade para explorar suas emoções.

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“Tudo o que vimos com o MDMA em estudos laboratoriais controlados sugere que seus efeitos facilitariam a psicoterapia e melhorariam o processo”, conclui Harriet.

CÂNCER DE MAMA EM JOVEM

O avanço da idade é um dos fatores de risco associados ao câncer de mama, entre outras neoplasias, mas um novo estudo revelou que a doença tem aumentado entre mulheres mais jovens.

A pesquisa, publicada no periódico Jama Open Network, analisou dados de mais de 500 mil americanos entre 2010 e 2019.

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Os maiores crescimentos foram observados entre indivíduos de 30 a 39 anos, sobretudo mulheres. Os tumores de início precoce mais incidentes em 2019 nos Estados Unidos foram mama, tireoide e colorretal.

Ainda não há dados oficiais sobre essa tendência no Brasil, mas a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa acredita que é preciso ficar alerta.

“O estudo apontou que o aumento da doença em jovens pode estar associado ao estilo de vida, e isso reforça a importância de adotar hábitos saudáveis para prevenir o câncer. E, consequentemente, acende o alerta para que práticas nocivas à saúde, como tabagismo, sedentarismo e etilismo, por exemplo, sejam banidas do nosso estilo de vida, pois esses hábitos aumentam o risco de câncer, inclusive entre os mais jovens”, destacou.

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Os fatores de risco que mais contribuem para o surgimento de câncer de mama e outros tumores malignos são: tabagismo, obesidade, sedentarismo, avanço da idade e predisposição genética.

“Não podemos impedir o avanço da idade, por isso é fundamental adotar práticas saudáveis que contribuem para prevenir doenças. Ninguém está totalmente livre de ter câncer, mas um estilo de vida saudável reduz e muito o risco. E quanto mais cedo a pessoa adotar bons hábitos, mais ela irá evitar doenças. Infelizmente, ainda é grande o número de jovens que fumam, se alimentam mal e não praticam nenhuma atividade física”, esclareceu a oncologista.

RASTREAMENTO

Virgínia Altoé Sessa lembrou que outra medida fundamental para a saúde é a realização de exames de rastreamento.

“A mamografia é o exame de rastreamento mais eficaz para detectar o câncer de mama, inclusive na fase inicial. E quanto mais cedo a doença for descoberta, maiores as chances de cura, além da possibilidade do tratamento ser menos invasivo. Por isso, é fundamental que mulheres façam o exame anualmente ou segundo a determinação do médico”, explicou a especialista.

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Entidades médicas como a Febrasgo, a Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia indicam que a mamografia deve ser feita a partir dos 40 anos de idade, uma vez ao ano.

“Se a mulher observar alguns sinais, como caroços, inchaço, vermelhidão ou saída de líquido da mama, é importante ir ao ginecologista ou mastologista para que seja feita uma investigação, independente da idade d mulher e mesmo que os exames estejam em dia. E se houver casos da doença na família, o médico deve ser informado”, alertou Virgínia.

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