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Saúde

O que é lipedema? Veja cirurgia, sintomas e como médico trata doença

Em casos moderados e graves, dieta e exercícios podem não ser o suficiente para eliminar o excesso de gordura inflamada e com fibrose; entenda causa e saúde

Redação Folha Vitória

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Foto: Divulgação
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O lipedema, uma condição inflamatória que resulta no acúmulo desproporcional de gordura em áreas como pernas, quadris e braços, afeta aproximadamente uma em cada dez mulheres no Brasil, totalizando cerca de 5 milhões de pacientes.

Devido à sua semelhança com a obesidade, o lipedema frequentemente não recebe o tratamento adequado, obtendo consequentemente resultados insatisfatórios em muitos casos.

De acordo com a endocrinologista Lusanere Cruz, “nos casos moderados e graves, dieta e exercícios podem não ser o suficiente para eliminar a gordura inflamada e com fibrose”.

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Embora não haja cura para o lipedema, existem tratamentos que devem ser abordados de maneira multidisciplinar. 

O tratamento envolve diversas especialidades médicas, como endocrinologia, angiologia, cirurgia vascular, fisioterapia, nutrição e cirurgia plástica.

Os cuidados e procedimentos visam aliviar os sintomas, prevenir a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida e a saúde geral das pacientes.

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A fisioterapia, por exemplo, atua na redução do processo inflamatório, reabilitando o sistema linfático, controlando a dor, com foco nas alterações articulares e biomecânicas, que muitas vezes ocorrem em decorrência da frouxidão e sobrecarga das articulações.

“Algumas técnicas utilizadas são a drenagem linfática manual, terapia compressiva, eletroterapia, pilates e orientação quanto ao uso adequado de meias de compressão”, enumera a fisioterapeuta Larissa Musso.

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Outro cuidado importante é com a alimentação

“Por ser uma doença inflamatória, é importante que a paciente adote uma dieta anti-inflamatória, reduza o consumo de alimentos que potencializam a inflamação e tenha hábitos alimentares mais saudáveis, rica em antioxidantes, vitaminas, minerais e também controlar o peso”, explicou a nutricionista Thamires Favato.

Também é necessário que a paciente passe por uma avaliação com o angiologista para tratar possíveis problemas, como insuficiência venosa, varizes, surgimento de vasinhos, comuns em pacientes com lipedema.

Em casos mais avançados, o tratamento cirúrgico com lipoaspiração é uma opção.

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“A cirurgia objetiva a retirada de grande quantidade de tecido doente, o que promove a melhora da mobilidade e ajuda a combater outros sintomas, tanto físicos quanto emocionais. Além disso, há melhora estética, com a redução do excesso de gordura e de pele”, informou a cirurgiã plástica Patrícia Lyra.

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A médica destacou que mesmo as pacientes que passam por cirurgia precisam manter o tratamento clínico. 

“A cirurgia não elimina a necessidade de manter o tratamento clínico, pois as duas opções terapêuticas são complementares. Além disso, é fundamental que ao longo de toda a vida a paciente mantenha o autocuidado necessário, como alimentação balanceada, prática de atividade física e acompanhamento médico regular”, orientou Patrícia.

CHÁ ESCURO

Foto: Freepik
Chá pós-fermentado é muito comum na China.

O consumo diário de chá escuro pode oferecer vários benefícios no controle dos níveis de glicose no sangue e reduzir o risco de desenvolver pré-diabetes e diabetes tipo 2 em adultos, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Adelaide, na Austrália, e pela Universidade do Sudeste, na China, divulgada durante a Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, nesta segunda-feira, 2 de outubro.

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De acordo com o R7, o estudo constatou que indivíduos que incluíam o chá escuro em sua rotina diária tinham um risco 53% menor de desenvolver pré-diabetes e um risco 47% menor de adquirir diabetes tipo 2, em comparação com aqueles que não o consumiam, mesmo após a consideração de fatores de risco estabelecidos para o diabetes, como idade, gênero, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial, entre outros.

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O chá escuro, também conhecido como chá pós-fermentado, é amplamente apreciado na China. Esse tipo de bebida passa por um processo de fermentação microbiana após a colheita das folhas.

Durante a fermentação, as bactérias e microrganismos presentes nas folhas de chá continuam a agir, modificando seus compostos químicos. Isso resulta em um chá com um sabor mais complexo e rico, caracterizado por notas terrosas, amadeiradas e profundas.

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Vale ressaltar que o chá escuro é diferente do chá preto, que é muito popular no Reino Unido. Enquanto o chá escuro é submetido à fermentação microbiana, o chá preto é completamente oxidado, sem sofrer fermentação após a colheita.

Segundo o R7, os cientistas atribuem os benefícios à saúde do chá escuro especificamente ao processo de fermentação microbiana.

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Esse processo pode resultar em compostos bioativos únicos, como alcaloides, aminoácidos livres, polifenóis, polissacarídeos e seus derivados, que conferem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios significativos.

Além disso, eles melhoram a sensibilidade à insulina, a função das células beta no pâncreas e alteram a composição das bactérias intestinais.

O estudo envolveu mais de 1.900 adultos residentes em oito províncias distintas na China, com um total de 436 participantes diagnosticados com diabetes, 352 com pré-diabetes e 1.135 apresentando níveis normais de glicose no sangue.

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De acordo com o R7, os critérios de seleção para a pesquisa abrangeram tanto pessoas que não eram consumidoras habituais de chá quanto aquelas que se restringiam a um único tipo de chá.

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Os participantes foram questionados sobre a frequência de consumo (ou seja, se nunca, ocasionalmente, frequentemente ou diariamente) e o tipo de chá que preferiam (incluindo chá-verde, chá-preto, chá escuro ou outras variedades).

Os pesquisadores analisaram como o consumo de chá, incluindo a frequência e o tipo da bebida, estava relacionado a três aspectos importantes associados ao controle do açúcar no sangue e ao diabetes.

Primeiro, eles examinaram como o consumo de chá afetava a excreção de glicose na urina, o que é um indicador relevante do controle do açúcar no sangue.

Em segundo lugar, eles avaliaram como o consumo de chá estava ligado à resistência à insulina, que é uma característica associada ao diabetes.

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Por último, eles investigaram como o consumo de chá estava relacionado ao status glicêmico, que inclui histórico de diabetes, uso de medicamentos antidiabéticos e resultados anormais em um teste de tolerância à glicose oral. Isso permitiu aos pesquisadores avaliar o impacto do chá na saúde metabólica e no risco de diabetes.

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