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Saúde

Mamografia: mitos e verdades sobre o principal exame que detecta o câncer de mama

Apesar da importância, a mamografia ainda é cercada de muitas dúvidas e mitos que algumas vezes até desencorajam mulheres de realizarem o exame; saiba tudo

Redação Folha Vitória

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Foto: TV Vitória
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A mamografia é o exame mais eficaz para detecção do câncer de mama, a neoplasia maligna que mais mata mulheres em todo o mundo.

A campanha Outubro Rosa, voltada para a prevenção e conscientização da doença, reforça ainda mais a realização desse exame.

“Não tem como falar em conscientização sobre tumor maligno de mama sem enfatizar a importância da mamografia, um procedimento que ajuda a salvar vidas, visto que detecta a doença em sua fase inicial e o diagnóstico precoce aumenta bastante as chances de cura”, ressalta a médica ginecologista e mastologista Thaissa Tinoco.

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O ideal é que o exame seja feito anualmente por todas as mulheres a partir dos 40 anos, mas em algumas situações é preciso realizar antes dessa idade.

“Em casos de histórico familiar da doença ou se a mulher apresentar algum sintoma suspeito, é necessário realizar o exame antes dos 40 anos. Por isso, é importante ir regularmente ao ginecologista”, orienta Thaissa.

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Apesar da sua importância, a mamografia ainda é cercada de muitas dúvidas e mitos que algumas vezes até desencorajam as mulheres de fazerem o exame.

MITOS E VERDADES DA MAMOGRAFIA

Foto: Divulgação

1. A mulher não deve fazer a mamografia quando estiver menstruada.

MITO. Nesse período, as mamas podem ficar mais sensíveis e doloridas, mas não é impedimento para a realização do exame.

2. Mulheres podem fazer mamografia normalmente durante o período de amamentação.

VERDADE. A realização do exame não interfere na saúde da mãe e nem do bebê, por isso, a mulher pode fazer mamografia normalmente.

3. O autoexame das mamas substitui a mamografia.

MITO. O autoexame ajuda a mulher a identificar alterações, como caroços e mudanças no formato e na espessura das mamas, mas a mamografia é o único exame capaz de detectar alterações malignas.

4. Mulheres com silicone podem fazer o exame.

VERDADE. A prótese não prejudica a realização da mamografia, contudo é necessário informar essa condição ao profissional que irá fazer o exame.

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PESQUISA

O câncer de mama é o tipo que mais mata a população feminina, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). 

Um estudo do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), encomendada pela farmacêutica Pfizer, ouviu 14 mil mulheres e ela mostra que ainda há um grande desconhecimento do assunto.

Segundo o levantamento, 60% das mulheres ouvidas acreditam que a principal medida para a detecção precoce do câncer de mama é o autoexame. Na verdade, ele é importante, mas é a mamografia que é capaz de detectar tumores menores.

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Ficou claro que apenas metade das mulheres com idade entre 40 e 49 anos fez mamografia nos últimos 18 meses, quando o indicado nessa faixa etária é fazer o exame todo ano.

PREVENÇÃO

Os números foram divulgados nessa quinta-feira (28), no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, em uma ação do Coletivo Pink - Por um Outubro para Além do Rosa, que marca o início da campanha de prevenção contra o câncer de mama.

Uma mama gigante, instalada no parque, apresenta, em seu interior, uma exposição sobre mulheres que vêm mudando a história da doença.

“Eu tive câncer de mama aos 27 anos. Eu estou há cinco anos acompanhando bem de perto. Meu médico falou que eu estou curada. É difícil pra gente, como paciente, porque o trauma é tão grande que é difícil falar: ‘estou curada’. Mas eu me sinto curada, me sinto saudável e agora estou acompanhando”, relatou a cantora Karen Stephanie.

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Sobre o desconhecimento da população feminina sobre a prevenção da doença, a diretora médica da Pfizer, Adriana Ribeiro, acredita que a solução é a educação.

"Realmente, [é preciso educar] toda a população sobre o seu cuidado, sobre a importância de fazer os exames preventivos e também desmistificar o câncer, porque muitas vezes as pessoas não vão [ao médico] com medo do que possa ter no resultado do exame”, explica.

18 mil mortes

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é que - entre 2023 a 2025 - sejam diagnosticados quase 74 mil novos casos de câncer de mama no país, e que a doença cause 18 mil mortes.

No Brasil, a média de idade das mulheres com a doença é de 53 anos, cerca de 10 anos a menos que nos Estados Unidos, por exemplo. A incidência é maior nas regiões Sul e Sudeste.

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Entre os fatores de risco estão envelhecimento, genética, reposição hormonal, histórico familiar, menopausa tardia, gravidez a partir dos 35 anos e uso de anticoncepcional oral, além de sedentarismo, obesidade e álcool.

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“Tem que ter acesso à mamografia para conseguir fazer o diagnóstico, de preferência antes que esse tumor seja palpável, porque, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura”, disse a oncologista Solange Sanches, do Hospital A.C. Camargo, referência em tratamento de câncer em São Paulo.

*Com informações da Agência Brasil.

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