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Saúde

Esporotricose: o que é e os sintomas da doença transmitida por gatos

A doença, causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, está avançando em alguns estados do Brasil e já tem casos registrados no Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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A esporotricose, micose que provoca lesões na pele e ainda é pouco conhecida pela população, está descontrolada no Brasil. O alerta é do médico infectologista Flávio Telles, coordenador do Comitê de Micologia da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

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Segundo ele, a doença, causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, está avançando em alguns estados do Brasil e já tem casos registrados no Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai. 

Segundo o Ministério da Saúde, a esporotricose humana é uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo, por meio de  ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais. 

A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.

As principais formas clínicas da esporotricose:

Esporotricose cutânea: é caracterizada por uma ou múltiplas lesões, localizadas principalmente nas mãos e braços;

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Esporotricose linfocutânea: é a forma clínica mais frequente; são formados pequenos nódulos, localizados na camada da pele mais profunda, seguindo o trajeto do sistema linfático da região corporal afetada. A localização preferencial é nos membros;

Esporotricose extracutânea: acontece quando a doença se espalha para outros locais do corpo, como ossos, mucosas, entre outros, sem comprometimento da pele;

Esporotricose disseminada: acontece quando a doença se dissemina para outros locais do organismo, com comprometimento de vários órgãos e/ou sistemas (pulmão, ossos, fígado).

Quais são os sintomas da esporotricose?

Os sintomas se manifestam após a exposição ao agente causador da infecção. A evolução da lesão inicial assemelha-se a uma picada de inseto e pode, em muitos casos, resultar em cura espontânea. 

Em situações mais graves, como quando o fungo atinge os pulmões, podem surgir sintomas como tosse, dificuldade respiratória, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas podem ser semelhantes aos da tuberculose.

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O fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se com inchaço e dor durante os movimentos, lembrando uma artrite infecciosa.

As manifestações clínicas da doença variam dependendo do estado imunológico do indivíduo e da profundidade da lesão. O período de incubação varia amplamente, podendo ocorrer em qualquer lugar de uma semana a um mês, e em alguns casos, até seis meses após a exposição inicial ao fungo no organismo humano.

Como prevenir a esporotricose?

O Ministério de Saúde destaca que a principal para prevenção e controle é evitar a exposição direta ao fungo. É crucial utilizar luvas e vestuário de mangas compridas ao lidar com materiais provenientes do solo e plantas, bem como usar calçados ao realizar tarefas rurais.

Quando alguém apresenta lesões suspeitas de esporotricose, é aconselhável buscar atendimento médico, de preferência de um dermatologista ou infectologista, para uma investigação, diagnóstico e tratamento adequados.

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Além disso, qualquer manipulação de animais doentes, seja por seus proprietários ou veterinários, deve ser realizada com a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). 

Os tutores não devem abandonar animais suspeitos de estarem infectados e, quando necessário, não descartar os corpos de animais mortos em lixo comum ou em terrenos baldios, pois isso pode manter a contaminação do solo. 

Em vez disso, é recomendável incinerar os corpos dos animais, visando reduzir a contaminação do ambiente e, assim, interromper o ciclo da doença.

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