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Saúde

Colágeno ou whey protein: médica explica qual o melhor suplemento e como tomar

Enquanto o colágeno possui a capacidade genética para ser sintetizado, priorizando os órgãos vitais, o whey atende as metas das dietas para emagrecer; entenda

Redação Folha Vitória

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audima
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Foto: Freepik

Você sabe qual o melhor suplemento para a pele?

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Várias determinantes podem influenciar a resposta a essa questão, especialmente o objetivo pelo qual se busca a suplementação, como destaca Marcella Garcez, médica nutróloga, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

Ela discutiu o assunto durante o XXVII Congresso Brasileiro de Nutrologia, o maior evento técnico-científico da área na América Latina.

COLÁGENO OU WHEY PROTEIN?

O colágeno é uma substância abundante no organismo e está presente em 27 tipos de tecidos, equivalendo a cerca de 25 a 30% da massa total de proteínas do corpo.

Ele possui a capacidade genética para ser sintetizado, priorizando os tecidos dos órgãos vitais.

“Neste amplo universo, pele e cartilagem ocupam os últimos lugares de prioridade. Afinal, ninguém morre devido a uma pele flácida”, brincou Marcella.

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A médica também ressaltou que existem diferentes tipos de colágeno, dependendo dos cuidados com a pele ou as articulações.

“No caso da saúde da pele e anexos cutâneos, como cabelo e unhas, o Tipo I e III, são os mais indicados. Já o tipo II é recomendado para reduzir as dores articulares, mas não tem a capacidade de construir fibras”.

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A nutróloga observou que, ao longo da vida, há uma redução na ingestão de colágeno e, consequentemente, uma diminuição na síntese, sendo a vitamina C importante para manter esse processo adequado

“Os peptídeos de colágeno possuem maior biodisponibilidade para se atingir, com rapidez, os tecidos-alvo. Mas é importante ter um organismo saudável, com adequada quantidade de proteína, para que se obtenha um melhor efeito na absorção de colágeno. Às vezes, só com a alimentação não é possível se ter a quantidade necessária e então a suplementação tem seu papel importante. Porém, deve ser indicada por um especialista e será para toda a vida”, alerta.

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Quanto ao whey protein, ele é incorporado à dieta para atender às metas de consumo de proteína, visando ao desenvolvimento muscular e à melhoria do desempenho, ou mesmo em pessoas obesas.

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“São objetivos diferentes de suplementação, mas tanto o colágeno como o whey precisam de orientação para se consumir uma dosagem ideal, de acordo com a necessidade da cada indivíduo. Os dois podem ser prescritos juntos. O colágeno não tem horários melhores de consumo, mas o whey sim. Deve se lembrar que idade e estilo de vida também são fatores que influenciam na prescrição”, detalha a diretora da Abran.

SHAKE DE PROTEÍNA

O médico legista Tom Osborne está propondo mudanças nas regulamentações de venda de shakes de proteína no Reino Unido.

Em um relatório apresentado à Food Standards Agency, órgão regulatório equivalente à Anvisa local, Osborne argumenta que esses produtos devem incluir um aviso de risco de morte nos rótulos, direcionado aos consumidores.

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De acordo com o Metrópoles, a motivação por trás dessa recomendação está relacionada ao caso de Rohan Godhania, um adolescente britânico de 16 anos que faleceu em 2020, apenas três dias após consumir um suplemento de proteína.

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Os pais de Rohan adquiriram o pó para preparar um shake proteico, acreditando que isso ajudaria no desenvolvimento muscular e na postura do jovem.

Após a ingestão da bebida, Rohan sofreu complicações de saúde e foi hospitalizado, onde infelizmente sofreu danos cerebrais irreversíveis devido a intoxicação.

CAUSA DA MORTE

O suplemento de proteína causou uma elevação significativa nos níveis de amônia no corpo, resultando em uma intoxicação grave para o jovem.

Infelizmente, segundo o Metrópoles, o hospital não conduziu os exames necessários que poderiam ter identificado essa reação e possibilitado um tratamento oportuno.

Os órgãos de Rohan foram doados, e alguns meses depois, a pessoa que recebeu seu fígado começou a apresentar convulsões.

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Após realizar uma biópsia no órgão transplantado, foi descoberto que Rohan sofria de uma doença genética rara que afeta a capacidade de remover amônia do sangue.

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De acordo com o Metrópoles, essa condição de saúde é conhecida como deficiência de ornitina carbamoiltransferase (OTC) e requer uma combinação de exames genéticos e clínicos para um diagnóstico preciso.

A OTC afeta aproximadamente um em cada 50 mil recém-nascidos e tende a ser mais prevalente em homens.

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Conforme relatado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os sintomas principais dessa condição incluem alterações comportamentais, episódios de vômito e letargia.

ALERTA

Segundo o Metrópoles, após trabalhar no caso, Osborne vem advogando que os fabricantes de shakes de proteína escrevam no rótulo do produto um alerta sobre os riscos para pessoas que têm OTC.

“Apesar de ser uma condição rara, pode ter efeitos graves se alguém tomar a bebida e tiver um pico de proteínas”, afirma o especialista.

“Suplementos e bebidas com alto teor de proteína são facilmente acessíveis ao público em geral, mas os seus rótulos não informam adequadamente os consumidores sobre os perigos potenciais, como o desenvolvimento da OTC”, alerta o médico.

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“Na minha opinião, existe o risco de ocorrência de mortes futuras, a menos que sejam tomadas medidas”, disse o médico, em seu relatório à Food Standards Agency. O órgão tem até dia 2 de outubro para responder à solicitação.

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