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Saúde

Mais de 19 mil mulheres no ES já procuraram o SUS neste ano por problemas com o sobrepeso

A pandemia piorou um problema que muitas já enfrentavam. Segundo a Sesa, mais de 21 mil mulheres são consideradas obesas no estado

Redação Folha Vitória
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Foto: TV Vitória
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Mais de 19 mil mulheres acima de 20 anos já procuraram o Sistema Único de Saúde (SUS) este ano, no Espírito Santo, por complicações provocadas pelo sobrepeso. O número é cinco vezes maior que o de homens que fizeram tal solicitação — cerca de 3,5 mil.

Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e contemplam apenas os capixabas com sobrepeso. Há também outra parcela da população com obesidade, graus 1, 2 e 3, subdivididos de acordo com a gravidade da doença. De acordo com a Sesa, somando todos os graus, são 21.653 mulheres consideradas obesas no Espírito Santo, contra 2.619 homens.

Para a endocrinologista Queulla Garret, junto com o excesso de peso, vêm inúmeros problemas. "A gente pode ter um diabetes naqueles pacientes que já têm uma tendência de base, geneticamente falando. Pode gerar uma hipertensão. Então a gente tem uma série de consequências do que vem junto com a obesidade", ressaltou.

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A médica destacou ainda que a pandemia foi decisiva para o alto índice de obesidade feminina. "Os filhos em casa, o novo modelo escolar, as mulheres cozinhando, dispensando suas ajudas. O próprio trabalho, totalmente virtual, em casa. Tudo isso trouxe uma série de consequências e a gente acabou descontando na alimentação, principalmente alimentos a base de doces e carboidratos, que geraram muito ganho de peso".

Foi o caso da vendedora Kíssila Simões. Ela afirma ter ganhado dez quilos durante a pandemia, que agravou o problema do sobrepeso que ela já enfrentava. Segundo a vendedora, houve perda da qualidade de vida. "Mexeu muito com o psicológico e foi uma questão estressante, porque, com criança pequena, trabalho, aquela sua rotina toda muda, você acha que não vai dar conta", relatou.

Kíssila conta que passou a ter mais dificuldade nas tarefas cotidianas, como acompanhar o filho de 2 anos, subir escadas e também trabalhar. Segundo ela, faltava fôlego. Além disso, a vendedora já não dormia mais como antes e, quando acordava, tinha hematomas pelo corpo. Sinais de que os incômodos provocados pelo sobrepeso já não eram apenas questão de estética.

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"Eu estava muito inchada, as minhas pernas inchavam muito. Foi onde eu percebi que isso estava me prejudicando e que talvez poderia estar prejudicando a minha saúde", disse.

Um médico chegou a prescrever uma bariátrica para Kíssila, mas ela decidiu emagrecer pelos métodos convencionais: exercícios físicos aliados a uma dieta alimentar. "Não pretendo parar. Já emagreci 5 kg e, para mim, é muito. E pretendo continuar", frisou.

Para Queulla Garret, chegou a hora de dizer "chega" e de voltar a se cuidar. "Vamos voltar para as academias, para a alimentação. Vamos fazer a coisa certa. Mesmo que a gente mantenha aquela alegria ao redor da mesa, com as famílias, mas vamos buscar receitas saudáveis, receitas mais 'fitness'. Eu acho que a gente tem que fazer isso, a gente merece isso. Está na hora de acordar e entender que a gente precisa de um bom estilo de vida", alertou a endocrinologista.

Com informações da jornalista Andressa Missio, da TV Vitória/Record TV

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