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Saúde

Maioria dos casos de cegueira é reversível, diz especialista

A maioria das pessoas com cegueira ou visão comprometida no mundo, cerca de 90%, moram em países em desenvolvimento

Redação Folha Vitória
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Principais causas de cegueira são os erros refrativos, como miopia, astigmatismo e hipermetropia.
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O número de pessoas cegas ou com visão comprometida no mundo chega a 253 milhões, segundo dados da Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Agência Internacional de Prevenção da Cegueira. Segundo o presidente do CBO, José Ottaiano, desse total, estima-se que em torno de 75% dos casos podem ser reversíveis. 

Segundo Ottaiano, um indivíduo que tem uma miopia de 4 ou 5 graus, por exemplo, se ele não corrigir esse erro refrativo, é enquadrado como deficiente visual ou sem uma visão adequada. Ele também explicou que a catarata é considerada uma cegueira reversível. “No entanto, se você não operar, o indivíduo fica com uma deficiência visual", explicou. 

O presidente do CBO disse que a grande maioria das pessoas com cegueira ou visão comprometida no mundo, cerca de 90%, moram em países em desenvolvimento, que não dispõem de sistemas de saúde básica mais avançados.

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As principais causas de cegueira são os chamados erros refrativos, como miopia, astigmatismo, hipermetropia, que são corrigidos por graus de óculos; catarata; glaucoma; e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

Queda

Ottaiano disse que, de 1990 para 2015, houve uma queda de 4,58% para 3,37% nos problemas visuais em termos de cegueira na população mundial. “A população mundial vem andando para a frente, apesar das diferenças e particularidades entre os países”. No Brasil, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de brasileiros têm alguma deficiência visual, dos quais 6 milhões teriam deficiência visual importante. O restante é cegueiras ou deficiência reversíveis.

De acordo com Ottaiano, o Brasil necessita de uma média de 600 mil cirurgias de catarata por ano e realiza entre 400 mil a 500 mil cirurgias. “Os pacientes passam a se acumular para o ano seguinte”, disse.

Prevenção

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Como forma de tratamento, o médico disse que a prevenção é muito melhor, mais eficaz e barata, e pode ser feita, inclusive, desde antes do nascimento. A ideia é que as pessoas procurem o oftalmologista, considerando a prevenção como uma prática regular, para evitar o aparecimento de doenças visuais.

“A prevenção é a palavra mágica porque, na realidade, a gente tem que tratar antes da doença. A doença já é a consequência, o indesejável”. Os esforços devem ser concentrados na educação e conscientização da população em relação aos cuidados com a visão. 

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