Não tome café depois das 15h: especialista alerta sobre os riscos para o sono e a saúde
Especialistas estão alertando sobre os perigos do consumo de café em horários inadequados, como após as 15h
O café é uma das bebidas mais populares do mundo, apreciada por milhões de pessoas diariamente.
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Para muitos, é indispensável como fonte de energia e concentração, especialmente no trabalho ou nos estudos.
No entanto, especialistas como Peter Liu estão alertando sobre os perigos do consumo de café em horários inadequados, como após as 15h. Segundo Liu, a cafeína, substância estimulante presente no café, pode permanecer no organismo por horas, prejudicando a qualidade do sono e causando insônia.
O EFEITO PROLONGADO DA CAFEÍNA NO ORGANISMO
A cafeína é conhecida por suas propriedades estimulantes, que aumentam a atenção e melhoram o desempenho mental. No entanto, seu efeito no corpo pode durar muito mais tempo do que imaginamos.
Estudos mostram que a meia-vida da cafeína – ou seja, o tempo que o corpo leva para eliminar metade da substância – pode variar entre 3 a 5 horas. Isso significa que, se você consumir café às 15h, ainda terá uma concentração significativa de cafeína no seu sangue no início da noite, por volta das 20h ou 21h.
Essa concentração residual da cafeína interfere diretamente na capacidade de relaxar e dormir. Muitas pessoas relatam dificuldades para pegar no sono, mesmo horas depois de tomar um simples expresso no fim da tarde.
“Tomar café após as 15h pode afetar negativamente a qualidade do sono, causando insônia, o que resulta em cansaço e redução da produtividade no dia seguinte", explica Peter Liu.pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03
COMO O CAFÉ AFETA O SONO
O sono é regulado pelo ciclo circadiano, um mecanismo interno que responde à luz e ao ambiente para dizer ao corpo quando é hora de dormir e acordar. A cafeína age como um bloqueador de adenosina, uma substância química que sinaliza ao cérebro que é hora de descansar. Ao inibir essa substância, o café nos mantém alertas por mais tempo, o que pode ser útil durante o dia, mas prejudicial à noite.
Pesquisas indicam que mesmo uma pequena quantidade de cafeína consumida algumas horas antes de dormir pode atrasar o início do sono e reduzir seu tempo total. Isso significa que, mesmo que você consiga dormir, a qualidade do sono pode ser comprometida, resultando em cansaço acumulado e menor disposição no dia seguinte.
A longo prazo, a privação de sono pode desencadear uma série de problemas de saúde, incluindo estresse, ansiedade e dificuldades cognitivas.
OS OUTROS EFEITOS DA CAFEÍNA NO CORPO
Embora o café seja amplamente reconhecido por seus benefícios – como acelerar o metabolismo, melhorar a concentração e aumentar a produção de energia – ele também tem seus efeitos colaterais.
Além de atrapalhar o sono, o consumo excessivo de cafeína pode trazer outros problemas para a saúde. Por exemplo, a cafeína pode prejudicar a absorção de nutrientes importantes, como cálcio, ferro e vitamina C, conforme alerta Peter Liu.
Esse efeito negativo é especialmente preocupante para quem consome café junto a refeições. A presença de cafeína pode reduzir a capacidade do corpo de absorver esses nutrientes essenciais, levando, ao longo do tempo, a possíveis deficiências nutricionais.
"O ideal é evitar combinar o café com alimentos ricos em cálcio, ferro ou vitamina C, como leite, espinafre ou suco de laranja", orienta Liu.
ATENÇÃO PARA QUEM SOFRE DE GASTRITE E HIPERTENSÃO
Outro alerta importante é direcionado a pessoas que sofrem de gastrite. O café, devido à sua acidez, pode agravar os sintomas dessa condição, aumentando a irritação da mucosa gástrica e exacerbando a produção de ácido no estômago.
Para quem já lida com dores e desconfortos relacionados à gastrite, o consumo de café pode piorar significativamente os sintomas, levando a crises e complicações.
Além disso, pessoas com hipertensão arterial também devem ter cautela ao consumir café. Apesar de um mito popular afirmar que o café pode reduzir a pressão arterial, a verdade é justamente o contrário.
Segundo Peter Liu, a cafeína
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O café e a arritmia
Um dos riscos mais preocupantes relacionados ao consumo excessivo de café é a possibilidade de desenvolvimento de arritmias cardíacas. A arritmia é uma condição em que o ritmo do coração se torna irregular, o que pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo palpitações, tonturas e até desmaios.
Para aqueles que já sofrem com essa condição, o café pode agravar os sintomas e até comprometer a eficácia dos tratamentos.
“O excesso de café pode causar um efeito rebote, piorando as arritmias e aumentando o risco de complicações cardiovasculares", alerta Liu. Portanto, para quem já tem predisposição a problemas cardíacos, a moderação no consumo de café é fundamental.
SINTOMAS DE QUE O CAFÉ PODE ESTAR PREJUDICANDO A SUA SAÚDE
Como saber se o café está começando a fazer mal ao seu organismo? Além dos problemas relacionados ao sono, há outros sinais de que você pode estar exagerando no consumo de cafeína.
Confira abaixo alguns sintomas que podem indicar que está na hora de reduzir a quantidade de café no seu dia a dia:
Dor de cabeça:
O excesso de cafeína pode causar cefaleias, especialmente se você estiver acostumado a consumir grandes quantidades da substância e, de repente, reduzir o consumo.
Insônia:
Dificuldade para dormir ou acordar várias vezes durante a noite são sinais claros de que a cafeína está interferindo no seu descanso.
Nervosismo e irritabilidade:
A cafeína é um estimulante, e o consumo excessivo pode aumentar os níveis de ansiedade, irritabilidade e nervosismo.
Incapacidade de controlar a vontade de urinar:
A cafeína também é um diurético, o que significa que ela aumenta a produção de urina. Se você sente vontade frequente de ir ao banheiro, especialmente à noite, pode ser hora de rever sua relação com o café.
Batimento cardíaco acelerado:
A sensação de coração disparado após beber café é um sinal de que seu corpo pode estar reagindo negativamente à cafeína.
Tremores musculares:
O consumo elevado de cafeína pode sobrecarregar o sistema nervoso, levando a tremores involuntários.
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