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Saúde

Candidíase oral: o que é, sintomas e como tratar

Causada por tabagismo, dieta calórica e doenças crônicas, se não tratada, a candidíase pode levar à morte

Leiri Santana

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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A candidíase oral, também conhecida como sapinho, é uma infecção provocada pelo fungo Candida albicans. Esta é uma condição comum em bebês e crianças pequenas, em função do sistema imune, que ainda não está totalmente desenvolvido. 

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No entanto, também pode afetar adultos com imunidade baixa, como portadores de HIV/Aids, câncer, diabetes e outras doenças crônicas, além de pacientes que fazem uso de próteses dentárias.

O fungo que provoca a candidíase é normalmente encontrado em pequenas quantidades na boca e em outras áreas do corpo, mas pode causar problemas quando se multiplica descontroladamente”, explica o Dr. Sergio Lago, Cirurgião Dentista, Implantodontista, Doutor em Periodontia e Embaixador da S.I.N. Implant System. 

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“Os sintomas incluem manchas brancas na língua, na parte interna das bochechas, no céu da boca e na garganta, além de dor e dificuldade para engolir”, completa. “Na ocorrência destes sinais, é muito importante procurar o dentista, já que, na ausência de tratamento, a candidíase pode evoluir para a laringe e esôfago, trazendo problemas como inflamação, dificuldade de engolir e rouquidão”, conclui.

O especialista destaca, ainda, que além dos grupos de risco citados anteriormente, outros fatores podem favorecer o surgimento da doença.

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Entre eles, estão o uso de antibióticos de largo espectro, que podem alterar a flora normal do corpo, permitindo o crescimento excessivo do fungo; a idade avançada, já que idosos podem ter um sistema imunológico mais fraco e uma flora oral alterada; o uso de corticosteroides, pois estes medicamentos suprimem o sistema imunológico, incluindo inaladores para asma; a gravidez, já que as mudanças hormonais podem favorecer o crescimento do fungo e, por fim, o estresse, que pode enfraquecer o sistema imunológico, facilitando infecções.

O tratamento da candidíase oral é prescrito pelo dentista ou médico, sendo personalizado após avaliação do paciente. Em geral, envolve uma combinação de medicamentos e práticas de higiene. Entre os remédios, os mais comumente recomendados são Nistatina, Clotrimazol, Fluconazol ou Itraconazol (especialmente em casos mais graves ou recorrentes).

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Além disso, o paciente deve ter atenção à sua higiene bucal, escovando os dentes no mínimo duas vezes por dia, após as refeições, e utilizando o fio dental em todas as escovações, assim como o enxaguante bucal (caso tenha sido recomendado pelo dentista).

Vale lembrar que as visitas regulares ao dentista são importantes para a prevenção, diagnóstico e tratamento precoce da candidíase oral”, destaca o Dr. Lago.

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PRINCIPAIS CAUSAS

O fungo do gênero Candida é encontrado naturalmente na pele e nas mucosas, sem causar qualquer tipo de problema. No entanto, quando existem alterações na imunidade ou presença de fatores que favoreçam o seu crescimento, é possível que o fungo se desenvolva mais que o normal, levando ao aparecimento de candidíase.

Alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver candidíase oral são:

• Doenças endócrinas, como diabetes ou hipotireoidismo;

• Deficiências nutricionais, como falta de ferro, vitamina b12 ou ácido fólico;

• Doenças do sistema imunológico, como AIDS;

• Doenças do sangue, como leucemia ou agranulocitose.

• Boca seca (xerostomia), que pode ser causada pela síndrome de Sjögren ou pelo uso de certos medicamentos;

• Dieta rica em carboidratos;

• Uso de alguns tipos de medicamentos, especialmente antibióticos ou corticoides;

• Uso de dentaduras à noite, trauma ou má higiene bucal;

• Tabagismo ou uso de drogas.

Além disso, crianças, idosos e mulheres grávidas também têm mais tendência a apresentar candidíase oral, já que o sistema imune está ligeiramente mais enfraquecido.

SINTOMAS 

Os principais sintomas de candidíase oral são:

• Camada esbranquiçada na boca;

• Placas de uma substância cremosa na boca;

• Aparecimento de aftas na língua ou na bochecha;

• Sensação de algodão dentro da boca;

• Dor ou ardência nas regiões afetadas;

• Coceira no céu da boca.



COMO PREVENIR A CANDIDÍASE ORAL 

Segundo o especialista, a prevenção à candidíase oral envolve o controle dos fatores que podem favorecer o surgimento da doença. Portanto, pacientes diabéticos devem ter um rigoroso controle dos níveis de açúcar no sangue; pacientes imunocomprometidos devem, junto ao seus médicos, manter sob controle as condições que levam ao enfraquecimento do sistema imunológico.

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No caso de quem faz uso de medicamentos corticosteróides (que podem desencadear o problema), pode ser necessário um ajuste na dose ou até mesmo a substituição destes remédios.

Existem também recomendações que valem para todas as pessoas, como evitar alimentos ricos em açúcar, mantendo uma dieta balanceada e nutritiva e ingerir bastante água, para manter a boca úmida e ajudar na eliminação do fungo.


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