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Saúde

Vídeo: overdose de nova superdroga de Fentanil mata em segundos. Entenda

O medicamento acabou se tornando amplamente acessível devido ao seu baixo custo de produção em comparação com outras drogas, mas é proibido; veja o que aconteceu

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
audima
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Foto: azerbaijan_stockers/Freepik

Recentemente um vídeo viralizou nas redes sociais. 

As imagens mostram as pessoas sob efeito de drogas na Philadelphia, nos Estados Unidos, e impressionaram os internautas.

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O caso chamou a atenção para o abuso do uso de fentanil em combinação com outras drogas, que marca o início de uma "quarta onda" da crise nos Estados Unidos.

De acordo com a BBC News, a primeira onda de overdoses aconteceu no final dos anos 1990, com mortes por opioides com prescrição médica.

Em 2010, houve uma segunda onda, dessa vez causadas por heroína. E em 2013, surgiu uma terceira onda de overdoses, graças à proliferação de drogas ilícitas análogas ao fentanil.

PESQUISA

Segundo o Metrópoles, um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA), revela uma mudança significativa no panorama das mortes relacionadas ao consumo de drogas no país.

Em 2023, um número alarmante de mais de 100 mil pessoas morreram de overdoses, sendo que mais de 66% dessas tragédias estão associadas ao fentanil, um opioide sintético com poder cerca de 50 vezes superior ao da heroína.

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Contrastando com os números de 2010, quando menos de 40 mil pessoas morreram em decorrência de overdoses em todo o território estadunidense, e menos de 10% desses óbitos tinham ligações com o fentanil.

Naquela época, o Metrópoles afirma que as mortes estavam principalmente relacionadas ao uso de heroína ou opioides prescritos por profissionais de saúde.

No entanto, a nova onda da epidemia de drogas está em ascensão e se alastra pelas diversas comunidades dos Estados Unidos.

FÁCIL ACESSO

O fentanil, inicialmente um produto farmacêutico com potencial de prescrição médica para o tratamento de dores intensas, também está sendo fabricado e comercializado por traficantes. 

De acordo com o Metrópoles, a maior parcela do fentanil ilegal encontrada nos Estados Unidos é proveniente do tráfico, sendo originada principalmente do México e utilizando produtos químicos importados da China. 

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Essa informação é conforme divulgado pelo Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal encarregado da repressão e controle de substâncias narcóticas.

O estudo em questão analisa as tendências de mortes por overdose no país durante o período de 2010 a 2021, com base em dados compilados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

“O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.Praticamente todos os cantos dos EUA — do Havaí a Rhode Island — foram tocados pelo fentanil. 

“O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.

Inicialmente, quando o fentanil foi introduzido nos Estados Unidos como parte das atividades do tráfico, “muitas pessoas não o queriam”.

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No entanto, esse opioide sintético acabou se tornando amplamente acessível devido ao seu baixo custo de produção em comparação com outras drogas.

Além disso, o fentanil é altamente viciante, o que significa que os dependentes frequentemente o buscam como uma maneira de evitar sintomas dolorosos de abstinência relacionados a outras substâncias.

COMBINAÇÃO

Na pesquisa mais recente, os especialistas destacam uma tendência em crescimento: o aumento das mortes relacionadas ao consumo simultâneo de fentanil e drogas estimulantes, como cocaína ou metanfetamina.

Segundo o Metrópoles, essa tendência é identificada em todo o território dos Estados Unidos, embora apresente variações devido aos distintos padrões de consumo que são diferentes de região para região.

Por exemplo, os pesquisadores encontraram taxas de mortalidade mais elevadas associadas ao uso combinado de fentanil e cocaína nos estados do nordeste dos EUA, como Vermont e Connecticut, onde os estimulantes costumam ser facilmente acessíveis. 

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Porém, o Metrópoles afirma que em praticamente todas as regiões do país, desde a Virgínia até a Califórnia, as mortes foram predominantemente causadas pela combinação de metanfetaminas e fentanil.

CLASSE SOCIAL

A crise dos opioides, nos Estados Unidos, historicamente foi retratada como predominantemente um “problema dos brancos”.

No entanto, o estudo em questão revelou que os afro-americanos estão morrendo em taxas mais elevadas por conta da combinação de fentanil e estimulantes, independentemente da faixa etária e localização geográfica.

Para Rasheeda Watts-Pearson, especialista em redução de danos baseada em Ohio, nos EUA, esses dados refletem a realidade que ela observa no terreno. 

Segundo o Met´ropoles, ela está envolvida em ações de conscientização por meio da A1 Stigma Free, uma organização fundada há apenas oito meses para combater o notável aumento de mortes por overdose na comunidade afro-americana de Cincinnati.

Watts-Pearson acredita que a falta de conscientização sobre esse problema está, em parte, relacionada às disparidades históricas na saúde enfrentadas por diferentes grupos raciais e étnicos. 

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Ela critica o fato de que até mesmo as campanhas de marketing destinadas a abordar a crise dos opioides não incluem a experiência dos negros americanos.

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