Tirzepatida emagrece? Entenda para que serve Mounjaro, a "nova Ozempic"
Estudo mostra redução de mais de 26% do peso em um período de um ano e sete meses com o uso da Tirzepatida; entenda mecanismo de ação e como funciona
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da Tirzepatida no tratamento do diabetes tipo 2.
Esse medicamento é um agonista dual que atua nos receptores de dois hormônios produzidos naturalmente no intestino, o GLP1 e o GIP.
Em estudos clínicos, a Tirzepatida também demonstrou eficácia na redução de peso em pacientes avaliados.
Durante o XXVII Congresso Brasileiro de Nutrologia, a Tirzepatida foi destaque em uma das palestras mais concorridas.
O Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), que promoveu o evento, abordou o assunto.
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De acordo com o especialista, estudos realizados indicam uma redução de 26,6% no peso corporal em um período de um ano e sete meses com o uso da Tirzepatida.
Esse percentual é comparativamente maior do que outros medicamentos semelhantes, como a liraglutida e a semaglutida. No entanto, novas pesquisas a médio e longo prazo serão necessárias para confirmar essa constatação.
“Esta perda de peso ocorre pela atuação do medicamento em núcleos hipotalâmicos da fome e saciedade se soma à redução de glicemia, objeto da sua atual indicação e aprovação da Anvisa para pacientes de diabetes tipo 2", explica o médico.
"Por estas características, o medicamento também pode ser um avanço no tratamento da obesidade, desde que acompanhado de mudanças nos hábitos de vida, quer seja através de uma reeducação alimentar ou atividade física regular ou psicoterapia de apoio a mudanças cognitivas e comportamentais”, diz o nutrólogo.
O Prof. Dr. Durval Ribas Filho destaca não haver evidências concretas de que a Tirzepatida substituirá a cirurgia bariátrica.
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Pelo contrário, “aparentemente é um complemento e fármaco muito interessante pelo seu amplo potencial na redução da glicemia e peso corporal”.
“Também é importante frisar que, após a cirurgia bariátrica, os estudos apontaram que há uma liberação maior do hormônio GLP1 e, consequentemente, de maior saciedade”, afirma o médico.
“Com esta constatação, pode se dizer que a bariátrica contribuiu para que os agonistas de GLP1 tivessem presentes hoje no mercado, como uma opção terapêutica para pacientes de diabéticos e, após liberação da agência regulatória, também para obesos”, completa.
O presidente da Abran enfatiza que “graças à tecnologia e novos estudos, se tem cada vez alternativas eficazes no grupo de fármacos relacionados aos hormônios intestinais, criando boas perspectivas, inclusive com o hormônio Glucagon”.
"Neste caso teríamos um tri agonista. É uma evolução que pode impactar no tratamento e qualidade de vida de milhões de pessoas no mundo”.
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Nos Estados Unidos, a Tirzepatida é comercializada sob o nome Mounjaro e foi aprovada pelo FDA em maio de 2022 para o tratamento do Diabetes tipo 2.
Ainda se aguarda a aprovação como medicamento antiobesidade, prevista para ainda este ano, embora não haja uma data específica para seu lançamento no Brasil.
MOUNJARO OU OZEMPIC?
Após diversos métodos famosos para perder peso, como a utilização do Ozempic, agora a dieta para emagrecer envolve o Mounjaro.
O medicamento, cujo princípio ativo é a tirzepatida, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O remédio da farmacêutica Eli Lilly, no Brasil, é parecido com o Ozempic (semaglutida), com indicação para o tratamento da diabetes tipo 2.
Emagrecer é um efeito secundário do uso.
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O Ozempic e o Mounjaro atuam melhorando os níveis de glicose no sangue dos pacientes e reduzindo o apetite, o que leva à consequente perda de peso.
Mounjaro, inclusive, ganhou repercussão neste último domingo (24) porque o jornalista Luiz Bacci, do Cidade Alerta, da RecordTV, confessou a Leo Dias que usa o medicamento, até então, só comprado nos Estados Unidos. Segundo ele, a substância custaria algo em torno de 2 mil dólares cada caneta.
De acordo com o Metrópoles, é importante observar que, no caso de pacientes que não possuam diagnóstico de diabetes, o uso desses medicamentos é considerado off-label, ou seja, fora das indicações da bula.
Muitos médicos não se opõem ao uso off-label, desde que a medicação seja administrada com acompanhamento médico adequado e não usada de maneira puramente estética, visando apenas resultados imediatos.
DIFERENÇAS
Afinal, se os dois remédios são tão semelhantes, qual é o detalhe que faz um ser melhor que o outro?
O Mounjaro é administrado por meio de uma injeção semanal. Ele é destinado ao controle dos níveis de glicose no sangue em pacientes adultos.
De acordo com o Metrópoles, em conjunto com atividades físicas regulares, o uso do medicamento é associado a uma perda de peso de até 20% em pessoas com obesidade.
Por outro lado, o Ozempic é também um medicamento para o controle da diabetes tipo 2, mas age de forma distinta com base na semaglutida. Em ensaios clínicos, o Ozempic resultou em uma média de redução de 15% no peso corporal.
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A principal diferença entre esses medicamentos está no princípio ativo. O Ozempic simula os efeitos do GLP1, um hormônio que reduz o apetite e estimula a produção de insulina pelo pâncreas, contribuindo para o controle do açúcar no corpo.
Já o Mounjaro não apenas imita o GLP1, mas também o GIP, outro hormônio com efeitos semelhantes. Assim, o remédio permite que o GIP e o GLP1 atuem em conjunto, resultando em efeitos mais intensos.
Afinal, se os dois remédios são tão semelhantes, qual é o detalhe que faz um ser melhor que o outro?
O Mounjaro é administrado por meio de uma injeção semanal. Ele é destinado ao controle dos níveis de glicose no sangue em pacientes adultos.
De acordo com o Metrópoles, em conjunto com atividades físicas regulares, o uso do medicamento é associado a uma perda de peso de até 20% em pessoas com obesidade.
Por outro lado, o Ozempic é também um medicamento para o controle da diabetes tipo 2, mas age de forma distinta com base na semaglutida. Em ensaios clínicos, o Ozempic resultou em uma média de redução de 15% no peso corporal.
A principal diferença entre esses medicamentos está no princípio ativo.
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