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Saúde

Sushi? Prato com peixe cru pode ser causa de câncer e matar mais de 20 mil pessoas

Chamado de "koi pla", iguaria é preparada a partir de peixe cru moído misturado com ervas, temperos e suco de limão como uma espécie de molho; entenda caso e polêmica

Redação Folha Vitória

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audima
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Foto: REPRODUÇÃO/TWITTER/@TOROOOSZN
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Um prato tradicional tailandês tem gerado preocupação entre o público. E não é por conta do seu sabor ou qualidade, mas devido ao potencial de causar câncer em quem o consome, mesmo em pequenas porções. 

Chamado de "koi pla", essa iguaria é preparada a partir de peixe cru moído misturado com ervas, temperos e suco de limão. A comida é particularmente popular nas regiões mais carentes da Tailândia, especialmente em Khon Kaen.

De acordo com o R7, o problema reside nos vermes parasitas que habitam o peixe cru. Esses parasitas são conhecidos por serem a causa do câncer de fígado, um dos tipos de câncer que mais resultam em mortes se não forem devidamente tratados.

Estima-se que esse prato potencialmente cancerígeno esteja relacionado a mais de 20 mil mortes no país a cada ano. Diante disso, médicos têm começado a alertar a população sobre os riscos associados ao consumo dessa iguaria.

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"É um fardo muito grande para a saúde por aqui. Mas ninguém sabe disso porque eles morrem silenciosamente, como folhas caindo de uma árvore", afirmou o cirurgião hepático Narong Khuntikeo em entrevista à Agence France-Presse.

Em conjunto de um grupo de pesquisadores, Khuntikeo analisou amostras de urina da população local e constatou que cerca de 80% das pessoas da comunidade ingeriram o parasita letal.

SUPERBACTÉRIA

Um homem identificado como Ronald Oliver não resistiu a complicações após contrair uma doença em uma banheira de hidromassagem durante uma viagem a i, spa e morreu.

Na ocasião, o homem permaneceu na banheira apenas alguns minutos.

Segundo informações do Daily Star, o norte-americano natural de Richmond, Califórnia, nos Estados Unidos, havia saído para uma "sessão de relaxamento" com a esposa, Anabel Acosta, no estabelecimento “Zen Day SPA”, no dia 19 de julho.

No entanto, Ronald teria entrado por apenas 5 minutos na hidromassagem do local.

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 Semanas depois, o pai de família faleceu de legionelose, ou doença dos legionários, contraída por meio da bactéria legionella. Para a família, o norte-americano teria sido contaminado na banheira.

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“Apesar de sairmos imediatamente da banheira quando vimos mofo, mais 9 dias lutando contra os sintomas em casa e 6 dias batalhando pela vida no hospital, perdemos Ronald no dia 3 de agosto", relatou a esposa em uma página da GoFundMe, criada para arrecadar dinheiro para o velório da vítima.

Ainda de acordo com Anabel, o fato de não ter contraído a bactéria da mesma forma foi um livramento.

"Somos abençoados por eu não ter contraído a infecção, nossas crianças poderiam ter perdido os dois pais", afirmou. 

MAIS VÍTIMAS MORRERAM

O norte-americano foi o segundo cliente a morrer por legionelose após entrar na banheira do spa.

O estabelecimento foi fechado e está sob investigação de autoridades de saúde locais.

Segundo os oficiais, uma terceira pessoa também teria sido infectada no mesmo local, em junho, mas conseguiu sobreviver após batalha contra a infecção grave.

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Inspetores de saúde ambiental descobriram também que o estabelecimento funcionava ilegalmente, pois nunca teria solicitado uma licença para operar. Agora, o promotor de Justiça da região está investigando o caso.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) descreveram a "doença de legionários" como "um tipo sério de pneumonia causada pela bactéria legionella".

BACTÉRIA: BANHEIRAS E CHUVEIROS

Ainda segundo o Daily Mail, a bactéria pode se proliferar em cabeças de chuveiros, torneiras de pias, banheiras de hidromassagem e outros sistemas hidráulicos.

A doença é contraída quando pessoas respiram e aspiram pequenas gotas de água que contêm a bactéria. 

De acordo com a CDC, uma a cada dez pessoas com legionelose não resiste aos sintomas e acaba morrendo.

VELÓRIO

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Na página GoFundMe, criada em memória de Ronald, mais de 7 mil dólares já foram arrecadados. A família contou que irá usar o dinheiro para pagar o velório, bem como "prover o melhor futuro possível para seus filhos".

"Nós agora vamos enfrentar o imenso desafio de navegar nessa vida sem o amor, direcionamento e apoio do Papai", disseram, em trecho do texto divulgado.

Em entrevista à emissora KGO-TV, Ian McPherson, amigo de infância da vítima, também prestou homenagens a Ronald.

"Minhas crianças o conhecem como tio, isso mostra o quão próximos éramos. Fomos para o ensino fundamental de Lakeview juntos em Oakland. Foi ele que me deu meu emprego atual. Foi um verdadeiro irmão, isso foi muito difícil, eu chorei. Eu poderia ligar para ele e contar sobre os meus problemas a qualquer hora, ele fazia o mesmo, e ao final de cada conversa tudo parecia ficar melhor", contou.

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Além dos cuidados extras com sintemas hidráulicos, o ambiente da cozinha é outro potencial para a proliferação de bactérias devido ao uso de panos de prato. Muitas pessoas têm o costume usá-los para secar a louça, entretanto, talvez seja o momento de abandoná-los. 

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Um estudo divulgado pela Universidade de Ulster, na Irlanda do Norte, identificou que eles possuem as mesmas bactérias do vaso sanitário.

Durante as pesquisas, foi identificado que, em 27,5% dos panos de prato, foram localizadas a bactéria "E.coli". Essa bactéria, identificada como Escherichia coli é classificada como o principal coliforme fecal.

Além dessa bactéria, também foram identificadas a 13,5% da bactéria Listeria spp. on e 3% da bactéria Listeria monocytogenes. Todas estavam nos panos de prato, além disso, foi destacado que, o tipo do material do tecido não influencia na proliferação das bactérias.

BACTÉRIAS: COMO SE PROLIFERAM?

Segundo o estudo, os panos de prato são utilizados no ambiente da cozinha, onde muitas vezes, há muitos restos de alimentos, matéria que entra em decomposição com o passar das horas e dos dias.

"Como os panos de prato ficam úmidos por longos períodos, eles se tornam o ambiente ideal para a sobrevivência e crescimento de microorganismos. A decomposição gera bactérias, que podem proliferar devido à umidade e à temperatura do ambiente. O contato do pano com superfícies infectadas pelas bactérias pode levar ao que se chama de contaminação cruzada", diz o estudo.

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Além disso, a pesquisa também descreveu que locais da cozinha como a pia, a esponja de louça e outros espaços da cozinha também são frequentemente locais com grandes concentrações de vírus e bactérias que podem ser prejudiciais à saúde.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA: Panos de prato podem conter bactérias encontradas no vaso sanitário

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