Obesidade atinge parcela de crianças no ES; veja dicas e saiba como combater
O isolamento social teve um impacto negativo nos índices da obesidade infantil, mas dicas simples podem ajudar a reverter o quadro
A obesidade infantil é um grande problema e atinge cada vez mais crianças de todas às faixas etárias. Segundo dados do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), somente no Espírito Santo, 4.671 crianças de 0 a 5 anos e 3.992 crianças de 5 a 10 têm obesidade grave.
A obesidade em crianças é determinada por fatores genéticos, individuais, comportamentais e ambientais. Entretanto, ela aumenta o risco de outras doenças, como, por exemplo, diabetes, hipertensão, asma, além do impacto direto na perda de qualidade de vida dos que sofrem dessa condição.
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Segundo a endocrinologista Flávia Tessarolo, a obesidade infantil teve um impacto negativo direto com a necessidade do isolamento imposto pela pandemia da covid-19.
“Nesses momentos as crianças perderam por muito tempo a possibilidade de socialização, brincadeiras ao ar livre e a falta de atividades que promoviam o movimento do corpo”, explica.
No combate à doença, são necessárias intervenções integradas em diversos setores, além da saúde, para garantir o crescimento e desenvolvimento pleno de crianças e adolescentes.
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Para ajudar na luta contra a obesidade, e ajudar na prática de hábitos mais saudáveis na vida dos pequenos, Tessarolo listou algumas tarefas simples que podem ser incluídas no dia a dia.
A família deve ser exemplo
Segundo a especialista, o exemplo de hábitos saudáveis começa dentro de casa. "Os responsáveis devem trazer para dentro de casa e preparar refeições com mais frutas, verduras e legumes. Além de deixar mais de lado os alimentos processados", descreve.
Incentivos na hora das compras
No momento das compras, os pequenos devem acompanhar os pais, principalmente em ambientes com comidas saudáveis, como feiras e gôndolas de produtos naturais do supermercado. "Dessa forma, será possível explicar quais alimentos devem ser maioria no carrinho e quais devem ser evitados".
Limitar o tempo de telas
O uso de telas pode substituir o tempo que a criança estaria realizando atividades físicas. Além disso, as crianças estão mais propensas a comer guloseimas enquanto estão distraídas com os dispositivos.pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04
Não deixar guloseimas expostas
Quando as guloseimas estão expostas, existirá na criança a tentação de comer cada vez mais o doce. Por isso, é preferível que elas fiquem em locais de difícil acesso para as crianças.
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Obesidade infantil no Brasil
No Brasil a obesidade infantil é uma grande realidade, e também preocupa autoridades de saúde pública e o Ministério da Saúde.
Em 2021, o Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), que tem por objetivo consolidar os dados referentes às ações de Vigilância Alimentar e Nutricional, realizou 4.622.859 avaliações em crianças de 0 a 5 anos e 3.490.149 em crianças de 5 a 10 anos, em todo o país.
Dessas, 350.903 crianças de 0 a 5 anos e 621.131 crianças de 05 a 10 anos tem obesidade no Brasil, o que corresponde a 7,59% e 17,8%.
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