Já ouvir falar em aranhas vasculares? Problema acomete o rosto e tem tratamento
Muito comum no nariz, na boca e nas bochechas, a telangiectasia é comum e pode acometer homens e mulheres
Apesar de muitas vezes eles serem bem finos, aqueles pequenos vasos vasculares que aparecem, geralmente, no nariz, nos lábios e nas bochechas podem incomodar bastante por questões estéticas, além de ser bem difícil para camuflar com maquiagem. Os chamados “telangiectasias” ou aranhas vasculares são muito comuns e podem ter de 0,1 a 1 milímetro de diâmetro.
De acordo com a cirurgiã vascular Moriane Lorenzoni, os vasinhos no rosto não apresentam riscos à saúde, contudo, em situações raras podem ser sintomas de rosácea, doenças no fígado ou de síndromes raras. “Essas veias mais finas podem surgir em decorrência de predisposição genética, hábitos de vida (como exposição solar frequente, uso em excesso de ácidos e produtos inflamatórios na face, falta de uso de filtro solar rotineiramente), processo natural de envelhecimento, exposição solar, rosácea ou pós-procedimentos (peelings e preenchimento)”, pontua.
O telangiectasia pode se manifestar, inicialmente, por uma vermelhidão na pele, associada a queimação, geralmente após bebidas quentes, comidas condimentadas ou questões emocionais. É possível ainda ter uma evolução do quadro na face para a região central, bochechas e testa, além de lesões infecciosas mais graves e espessamento da pele. “Geralmente, os vasinhos finos e vermelhos no nariz e bochecha surgem por uso de ácidos, sol excessivo e rosácea. As veias azuladas ou esverdeadas costumam surgir em têmporas, testa e nos olhos e são causadas pelo envelhecimento”, define.
Entre as dicas para controlar a inflamação e a proliferação desses vasos está: evitar o uso de corticoides sem acompanhamento médico, hidratar bem a pele e evitar procedimentos que causam descamação. “O ideal é priorizar a proteção solar e evitar a ingestão de bebidas alcoólicas também", lembra.
Como tratar?
Para disfarçar os pequenos vasos e melhorar a aparência da pele, as principais indicações são o uso da luz pulsada, do laser e da radiofrequência. “Vale ressaltar que geralmente os vasos tratados não voltam, mas pode ocorrer o surgimento de novos”, comenta.
O laser específico para vasos (NDYAG 1064), que também é recomendado para as veias dilatadas. Em geral de três a cinco sessões são suficientes para resolver a grande maioria dos casos, podendo variar de acordo com o tipo de veia e quantidade de vasos.
“Esses procedimentos geram resultados positivos, com muita segurança, pois são usados aparelhos resfriadores de pele que diminuem a dor. O ideal é apenas que a paciente não esteja bronzeada para realizar as sessões, sem nenhuma contraindicação. Depois do tratamento, as recomendações são apenas para não utilizar hidratantes ou maquiagem na pele para não correr risco de queimaduras, evitar sol durante sete dias e manter o uso do protetor solar com fator 50 ou 60”, explica.