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Saúde

Sepse: Principal causa de mortes em UTIs

A sepse é responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil

Redação Folha Vitória
audima
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65% dos pacientes que sofrem da sepse vão a óbito
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A assistente de vendas Dulci Pogian viveu dias de muita angústia com sua filha recém-nascida. A pequena enfrentou uma sepse (complicações graves de uma infecção) aos quatro meses de vida. Foram 25 dias de cuidados intensivos na UTI e outros dez dias no quarto do HU. Teve de passar por uma intervenção cirúrgica nos dois pulmões e, após muito empenho da equipe médica, conseguiu se recuperar.

“Foi muito complicado. Quando os sintomas começaram (tosse forte com secreção, mas sem febre), o diagnóstico nos pronto-socorros era de uma gripe. Depois de muitas idas e vindas, descobriram que ela estava com uma bactéria muito resistente e já havia comprometimento sério do organismo. É uma bactéria do tipo hospitalar, mas ela adquiriu no dia a dia, não sabemos como”, conta a mãe. Há três semanas, Ana Clara saiu do hospital e está bem. “Agora, está tudo sob controle. Mas foram dias muito difíceis na UTI. O caso dela era muito grave”, lembra.

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No dia 13 de setembro, é comemorado o Dia Mundial da Sepse. O problema é responsável por 25% das internações em unidades de tratamento intensivo (UTIs) em todo o Brasil e é, atualmente, a principal causa de morte nessas unidades.

Sobre a Sepse

A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Era conhecida como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais usual chamar de infecção generalizada.

Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Muitas vezes, pode estar localizada em apenas um órgão, como o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta inflamatória numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode comprometer o funcionamento de vários órgãos do paciente.

Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos. É responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil. Atualmente, a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Tem alta mortalidade no país, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30-40%. Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress, a mortalidade da sepse no Brasil é maior que a de países como Índia e a Argentina.

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