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Saúde

Diálise: veja o que é procedimento que Faustão fez para transplante

Coração que Fausto recebeu de Fabio, como foi identificado quem foi o doador do órgão para a fila do SUS, requer cuidados; veja estado e qual é situação hoje

Redação Folha Vitória

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Foto: Reprodução/Instagram
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O apresentador Fausto Silva, o Faustão, está enfrentando um agravamento do quadro de insuficiência cardíaca, o que o fez passar por um transplante de coração. Ele chegou a ser submetido a diálise por conta das complicações. 

Esse processo de diálise, conforme explicado à CNN Brasil por Américo Cuvello Neto, coordenador do Centro de Nefrologia e Diálise do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, remove resíduos e líquidos do corpo, contribuindo para melhorar o funcionamento do coração, especialmente em pacientes que necessitam desse suporte.

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Entretanto, o especialista ressaltou que a realização ou não da diálise depende do quadro médico do paciente e da avaliação do médico responsável. 

O QUE É DIÁLISE

A diálise é um procedimento amplo utilizado para eliminar substâncias como ureia, creatinina e potássio do corpo, que podem estar em níveis prejudiciais. 

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Em entrevista à CNN, Américo Cuvello Neto afirma que ela pode ocorrer de duas formas principais: hemodiálise, que usa uma máquina de filtragem de sangue conhecida como "rim artificial"; e diálise peritonial, que ocorre com o auxílio do peritônio, uma membrana no abdômen.

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O médico destaca que a diálise é um tratamento de suporte, não uma cura por si só. Ela ajuda a manter a estabilidade do paciente até que um tratamento definitivo, como um transplante de órgão, possa ser realizado, quando apropriado.

A diálise pode ser aplicada em situações como insuficiência renal, transplante de fígado, intoxicação por substâncias, uso de certos medicamentos e até em casos de insuficiência cardíaca grave.

Neto explica à CNN que, em algumas condições, a insuficiência cardíaca e renal podem estar associadas, levando à retenção de líquidos. Nesses casos, a diálise pode ajudar a remover esses líquidos e melhorar o desempenho do coração.

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“Existem algumas situações que o rim nem está tão insuficiente, mas a insuficiência cardíaca é tão grave que a diálise ajuda para manter o suporte desse paciente até ter o tratamento definitivo, que, no caso da insuficiência cardíaca, em algumas situações, é o transplante de coração”, sustenta.

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De acordo com Cuvello Neto, “quando o paciente tem insuficiência cardíaca, o rim, na realidade, é como se ele pagasse a conta da outra insuficiência. Então ele sofre com isso e aí ele tem uma injúria, e aí ele precisa fazer diálise”.

No entanto, ele enfatiza que, na maioria dessas situações, o rim não sofre uma lesão direta, a menos que a condição que causa a insuficiência cardíaca também resulte em uma insuficiência renal.

O especialista reforça que a decisão de realizar ou não a diálise depende das condições médicas do paciente e da avaliação do médico responsável.

FREQUÊNCIA

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A frequência no qual o paciente é submetido à diálise varia conforme a situação clínica. Em condições como insuficiência cardíaca ou renal, por exemplo, Neto explica à CNN que normalmente a pessoa é avaliada uma ou mais vezes por dia.

“Se o paciente está estável, esse tipo de diálise pode ser feita no que a gente chama de ‘diálise sobre demanda’. Ele não precisa ficar continuamente na máquina”.

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No entanto, há situações em que o paciente pode precisar do procedimento de forma contínua. Isso depende mais uma vez da avaliação do nefrologista e das condições clínicas do paciente.

“Uma variável muito utilizada para a decisão é o volume urinário. Se o paciente está urinando, ou seja, ele consegue perder líquido e ainda tem uma função renal residual, normalmente se realiza por demanda, de acordo com a necessidade”, explica o especialista.

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Ele ainda complementa: “se ele [paciente] não urinar nada, ele vai precisar de diálise todos os dias. Ele pode precisar de diálise todos os dias, que pode ficar continuamente, ou pode, por exemplo, fazer uma diálise de duas, três ou quatro horas todo dia. Isso depende muito da avaliação do médico”.

EM CASA

Em casos mais graves que requerem monitoramento intenso, a diálise é realizada no hospital ou em clínicas especializadas. Porém, a peritoneal e até mesmo a hemodiálise, podem ser realizadas em casa, dependendo da situação.

Durante entrevista à CNN, Américo Cuvello Neto comenta haver programas em alguns países onde a máquina de hemodiálise é levada para a casa do paciente, mas isso é raro no Brasil.

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A hemodiálise também pode ser feita em uma “unidade de diálise”, onde o paciente filtra o sangue e depois retorna para casa.

“Nesse caso, o paciente fica em casa e vai três ou quatro vezes por semana ao hospital ou à clínica de diálise, porque você pode também ter unidades de diálise que ficam dentro do hospital e outras que a gente chama de unidades de diálise satélite, ou seja, é uma clínica que só faz diálise”, pontua.

PÓS-TRANSPLANTE

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Já em casos de insuficiência cardíaca onde o rim não foi afetado ou possui insuficiência, o órgão pode apresentar melhora progressiva com o tempo.

“Agora, se o rim tiver algum problema, também existe a possibilidade do chamado transplante duplo, que faz o transplante de rim e faz o transplante de coração. Depende do caso”, finaliza o médico.

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