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Saúde

Amamentação prolongada traz benefícios para mães e bebês; entenda

Até os seis meses, os bebês não necessitam de nada além do leite materno. Mas a amamentação pode seguir por dois anos ou mais

Erika Santos

Redação Folha Vitória
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Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
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A prática da amamentação, um pilar crucial para a saúde infantil, tem se mostrado capaz de oferecer benefícios significativos muito além dos primeiros meses de vida. Enquanto a recomendação oficial da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para a amamentação exclusiva até os seis meses e complementar até os dois anos, uma parcela de mães opta por estender esse período.

Apesar dos estigmas que rodeiam a amamentação prolongada, pesquisas revelam uma série de vantagens imunológicas, nutricionais, metabólicas e cognitivas tanto para as crianças quanto para as mulheres.

"O aleitamento materno complementar é fundamental no fornecimento de nutrientes e no fortalecimento imunológico. A composição do leite materno se adapta conforme necessidades do lactente, logo, continua trazendo múltiplos benefícios para a nutriz e a criança. Estudos apontam que a amamentação prolongada contribui para o desenvolvimento intelectual, proporcionando melhores resultados em testes de QI e de linguagem, além de se tornar o melhor complemento, com quantidade ideal de sais minerais, ferro e cálcio", destaca a enfermeira obstetra Christianne Garcia Xavier, da Samp.

Mesmo após os dois anos, o leite materno permanece uma fonte rica de nutrientes essenciais, incluindo vitaminas A, C, B12 e minerais. Ele também contém anticorpos, calorias e proteínas que reduzem os riscos de obesidade e diabetes na infância.

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"A amamentação influencia diretamente o vínculo entre mãe e filho, quanto mais tempo ela for amamentada, mais segura emocionalmente ela será. O recomendado é manter por dois anos ou mais, até ocorrer naturalmente o desmame", acrescenta Christianne.

Os benefícios não se restringem apenas às crianças. A amamentação oferece vantagens significativas para as mães, contribuindo para a recuperação pós-parto, redução de peso e prevenção da depressão pós-parto. Além disso, é um fator de proteção contra o câncer de mama.

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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), durante o período de amamentação, certos hormônios associados ao desenvolvimento do câncer apresentam redução nas taxas. Além disso, os processos naturais da amamentação contribuem para a eliminação de células potencialmente lesivas, diminuindo as chances da doença. A cada ano de amamentação, o risco de câncer de mama diminui entre 4,3% e 6%.

"Para a mãe, os benefícios da amamentação estão na diminuição do sangramento no pós-parto, acelera a perda de peso e reduz a incidência de câncer de mama, ovário e endométrio", afirma a enfermeira obstetra.
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No caso de dificuldades no processo de amamentação, especialistas recomendam procurar assistência em bancos de leite humano. Esses locais não só oferecem orientação e apoio à amamentação, mas também desempenham um papel vital ao coletar, processar, armazenar e distribuir leite humano para bebês prematuros e de baixo peso.

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