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Saúde

Linfomas: mais de 40 tipos de cânceres podem atingir o sistema linfático. Previna-se!

Campanha Agosto Verde Claro alerta sobre o combate aos linfomas, que fazem com que as células cresçam desordenadamente.

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
Os principais sintomas dos linfomas são gânglios palpáveis e endurecidos nas axilas, virilhas e pescoço. 
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O mês de agosto faz traz um alerta: a importância do diagnóstico precoce e do tratamento dos linfomas, que podem se apresentar com mais de 40 tipos, divididos entre o de Hodgkin e os Não Hodgkin. O Agosto Verde Claro, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

No ano de 2018, os linfomas de Hodgkin e os Não Hodgkin tiveram, respectivamente, uma estimativa de 10.1802 e 2.5303 novos casos no Brasil.

O que são os linfomas?

São cânceres que têm origem no sistema linfático, uma rede de vasos, órgãos e gânglios do nosso corpo encarregado de distribuir as células de defesa por todo o organismo. A doença surge quando uma dessas células, um linfócito, sofre mutação e passa a se multiplicar de forma descontrolada. O fenômeno faz com que os gânglios aumentem de tamanho, podendo prejudicar as funções do sistema linfático. 

O hematologista Guilherme Perini explica as diferenças entre os tipos de linfomas: “A diferenciação está nas características das células cancerígenas, que são analisadas por um patologista por meio da biópsia. Quando o profissional identifica uma determinada célula especifica, este linfoma é classificado como linfoma de Hodgkin. Todos os outros casos são chamados então de linfoma não Hodgkin, com diversos tipos e nomes”, comenta o especialista.

Sintomas

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Em geral, os principais sintomas dos linfomas são gânglios palpáveis e endurecidos nas axilas, virilhas e pescoço, normalmente indolores. Existem, no entanto, outras doenças mais comuns que podem levar ao aumento dos gânglios, como quadros de infecção. 

Segundo Perini, é importante procurar um especialista, caso os gânglios permaneçam por um longo período, como semanas, principalmente se forem acompanhados por outros sintomas como febre, cansaço persistente, suor intenso à noite e perda de peso. 

Incidência e diagnóstico

“Como se trata de diversas doenças, existem diagnósticos de linfoma em qualquer idade. O linfoma de Hodgkin, por exemplo, é mais diagnosticado em pessoas entre os 15 e os 35 anos e em indivíduos com idade superior a 55 anos”, explica o médico. Para o diagnóstico alguns exames são necessários, como o físico, para procurar vestígios da doença nos linfonodos, além de exames de sangue e biópsia. A biópsia deve ser analisada por um patologista, que na sequência confirma o diagnóstico e encaminha o resultado para o hematologista, que dará sequência ao tratamento desse paciente em caso de linfoma, dependendo do tipo da doença e estágio. 

Tratamento

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Apesar do diagnóstico de câncer ser algo bastante impactante para o paciente, o especialista ressalta que o linfoma de Hodgkin, por exemplo, é um modelo de sucesso da oncologia moderna e há grandes esperanças de cura. “Atualmente, em estágios iniciais, cerca de 85 a 95% dos pacientes são curados na primeira linha de tratamento – quimioterapia associada ou não a radioterapia – o que ressalta a importância do diagnóstico precoce. Nos casos mais avançados, de 70 a 80% dos pacientes podem ser curados. E mesmo para os casos de recaída – quando a doença retorna depois de um período de remissão – ainda há outras opções medicamentosas”, explica.

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