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Saúde

Tabagismo passivo é a terceira causa de morte evitável no mundo

Fumantes passivos inalam até 50 vezes mais substâncias cancerígenas

Redação Folha Vitória
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Foto: Agência Brasil
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A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia divulgou nesta quarta-feira (21) dados preocupantes sobre a saúde da população brasileira não fumante. Segundo a associação, os fumantes passivos inalam até 50 vezes mais substâncias cancerígenas, por estarem em contato com a fumaça. 

De acordo com essas informações, a estimativa é que cerca de 1/3 da população adulta mundial seja fumante ativa e que cerca de 50% da população total esteja exposta à fumaça de cigarro no meio ambiente, especialmente as crianças. 

O tabagismo passivo é a terceira causa de morte evitável no mundo, posteriormente ao tabagismo ativo. A fumaça dos derivados do tabaco existentes nesses ambientes fechados é denominada poluição tabagística ambiental (PTA), composta por cerca de quatro mil componentes, sendo mais de 40 deles cancerígenos. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a PTA é ainda mais prejudicial em ambientes fechados porque o ar poluído comporta até três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que passa pelo filtro do cigarro, inalada pelo fumante ativo.

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A Dra. Marilyn Urrutia-Pereira, Profª. Universidade Federal do Pampa, WONCA trainer Air Health Train thenTrainer Program e membro do Grupo de Políticas Públicas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica que, em longo prazo, o tabagismo causa nos fumantes passivos e ativos o aumento do risco de câncer do trato respiratório, digestivo e urinário, do pâncreas, do colo do útero, risco de doenças coronarianas e acidentes vasculares cerebrais. 

“Cronicamente, essa exposição repercute em menor crescimento pulmonar com comprometimento de sua função e aumento da suscetibilidade a doenças”, explica Dra. Marilyn.

Confira as principais doenças associadas a esta exposição:

Intraútero: Abortos, baixo peso ao nascer, redução do crescimento pulmonar, alterações neurocomportamentais, redução do Quociente de Inteligência e aumento no risco de câncer infantil.

Lactentes: Aumento do risco de morte súbita do lactente, bronquiolite, infecções do ouvido médio e pneumonia.

Infância: Redução da função pulmonar, asma e pneumonia.

Adolescência e idade adulta: Aumento do risco em fumar, doenças cardiovasculares e aumento do risco de câncer.

Doenças infecções respiratórias agudas, tuberculose, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumoconiose, câncer de cabeça e pescoço e câncer de pulmão. Piora das condições crônicas (rinite alérgica, asma) e aumento da incidência de doenças agudas como pneumonia, otites e resfriados. 

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A exposição ambiental à fumaça do tabaco também causa sintomas nasais agudos e crônicos, tosse noturna, sintomas de rinite e problemas de sinusite, assim como rouquidão em crianças e adolescentes.

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