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Saúde

Mudança de voz: como é cirurgia de feminilização feita por Maya Massafera?

Técnicas menos invasivas e sem cortes no pescoço proporcionam alta médica no mesmo dia do procedimento. Veja o que diz especialista

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Instagram @mayamassafera
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Após se submeter a duas cirurgias para feminilização da voz, a influenciadora Maya Massafera, publicou um vídeo nesta terça-feira (16), para compartilhar a evolução do tratamento que faz parte do processo de transição de gênero que começou a cerca de um ano. 

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O procedimento mais recente foi realizado há cerca de duas semanas e desde então, Maya estava se comunicando apenas por gestos, segundo ela, o repouso das cordas vocais era parte necessária para a recuperação pós cirúrgica. 

Antes da cirurgia, chegou a falar sobre o momento em que vive.

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"Como já falei para vocês, quando eu comecei a transição, eu queria certas coisas e tinha disforia de algumas coisas e partes do meu corpo. Hoje, ainda tenho meus momentos ruins, porém estou muito mais segura e realizada. Então, não tenho mais disforia de algumas coisas. Minha voz é uma delas, pedi para o médico fazer na medida do que fosse possível, sem eu correr nenhum risco. Que se a voz ficasse parecida do que era antes, não tinha importância".

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O que é a cirurgia de redesignação de voz?

A cirurgia de redesignação vocal possibilita que a pessoa modifique o timbre da voz, representando, então, a sua identificação de gênero, aumentando o sentimento de pertencimento. É feita por meio de modificações na laringe ( “garganta”) onde a voz é produzida.

O método é utilizado nos casos em que mulheres ou homens trans desejem ter uma voz mais aguda ou grossa. 

Segundo a médica otorrinolaringologista Gabriela Pilon Meira, esse tipo de cirurgia é feito há muito tempo. 

"As técnicas são bem estabelecidas. Nós últimos anos ganharam versões menos invasivas, por exemplo a glotoplastia, feita por vídeo pela cavidade oral, que dispensa cortes no pescoço".

Ainda de acordo com a  especialista, o procedimento pode ser realizado, inclusive, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sobre a idade em que é feito, Gabriela explica que "a maioria dos pacientes é operada entre os 20 e 30 anos, mas cada caso deve ser individualizado".

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