/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Saúde

Síndrome do olho seco: o que você precisa saber

Julho é o mês de concretização sobre a síndrome do olho seco. Estima-se que 34% da população mundial sofra com a doença

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
audima
audima
Foto: Divulgação / Pexel
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Vermelhidão, ardor, coceira, sensação constante de poeira nos olhos. Esses são apenas alguns dos sintomas de uma doença que vem afetando cada mais a população, o "olho seco". Trata-se de uma condição recorrente e que surge devido a falta de lubrificação adequada da superfície dos olhos. Portanto, quando há má qualidade ou quantidade insuficiente de lágrima, você pode estar sofrendo com o problema. 

Também chamada Síndrome da Disfunção Lacrimal, pesquisas médicas apontam que a doença acomete cerca de 34% da população mundial e os casos aumentaram durante a pandemia provocada pela covid-19. Segundo a médica oftalmologista, Liliana Nóbrega, entre os fatores, os maus hábitos decorrentes do isolamento social, como ficar mais tempo em frente ao computador, por exemplo.

"A pandemia piorou muito o olho seco no Brasil e no mundo, por alguns motivos. O primeiro deles, a transformação digital vivida pela pandemia, quando nossos olhos ficaram muitos submetidos às telas digitais. Crianças em aulas online, adultos em homeoffice, as próprias máscaras agravaram a síndrome", alertou.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Além das telas, outros fatores levaram à recorrência da doença: o estresse, a falta de sono  e descanso adequados, o uso de medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos levaram a efeitos colaterais nos olhos da população. De acordo com a especialista, qualquer idade pode sofrer com problema. Houve um tempo em que mulheres pós menopausa e de meia idade sofriam mais com a síndrome. 

Atualmente, os jovens estão sendo cada vez mais atingidos. Entre os fatores de risco: longa exposição ao ar condicionado, dormir menos de 6 horas por dia, o uso excessivo de telas, a poluição das grande cidades e lentes de contato.

LEIA TAMBÉM: >> Dor nas costas: entenda os sinais de que algo não vai bem com a saúde

Assim que descobriu que tinha a síndrome do olho seco, a Procuradora de Justiça, Márcia Jacobsen, deu início ao tratamento. Desde então, conta que tem vivido muito bem. "Minhas experiências com o tratamento a laser são maravilhosas. Ter a oportunidade de fazer um tratamento moderno e não precisar sair de Vitória é muito bom".

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Márcia, atualmente, conta que desfruta de uma rotina mais confortável, já que conseguiu controlar a doença. "Não podemos fugir dos problemas de saúde e nem sempre prevenir, mas podemos tratar. E quando isso é possível, fica melhor ainda", concluiu.

Como tratar a síndrome do olho seco

Caso não seja tratada adequadamente, a síndrome do olho seco pode gerar uma série de problemas mais sérios. Distúrbios da visão, diminuição da qualidade de vida, já que leva a dor ocular, são apenas alguns. Existe ainda uma associação do problema até com quadros de depressão e ansiedade.

"O olho ressecado tem potencial de provocar feridas na córnea e que podem ser agravadas, levando a quadros de infecções. Até mesmo úlceras de córnea e dores neuropáticas. A produtividade dos pacientes com a doença cai muito, Não conseguem trabalhar, estudar. Não devemos subestimar os estágios da doença", alertou Liliana Nóbrega.

Os perigos da automedicação

A médica alerta que a automedicação é perigosa. Colírios nunca devem ser usados sem a devida prescrição médica já que podem provocar até pressão alta. Liliana lembra que é comum as pessoas buscarem nas farmácias em busca de colírios para lubrificar os olhos. A grande questão é que muitas vezes acabam usando versões com corticóide, que acabam viciando.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

"Já vi pacientes usando colírios e ficando cegos por usar sem prescrição. É necessário entender que a doença é controlada com cuidados constantes e diários. Desde a lubrificação adequada, passando pela suplementação oral, higiene, orientação dos ambientes de trabalho, estudo e de casa, alertou."

Como é feito o tratamento?

O tratamento é individualizado e depende da gravidade de cada caso. Um oftalmologista é quem deverá fazer o diagnóstico e classificará em qual dos casos se enquadra o paciente. Após isso, o tratamento é definido individualmente. Infelizmente a síndrome não tem cura. Por isso, o tratamento pode ser clínico e até mesmo cirúrgico, em casos mais graves.

Dicas para evitar a síndrome do olho seco

- Beber água: cerca de dois litros diariamente;

- Pausa nas telas: a cada 20/30 minutos, parar e exercitar o piscar dos olhos por um minuto;

- Procurar piscar os olhos com mais frequência.

- Diminuir o número de uso total de exposição às telas;

- Usar colírios lubrificantes indicados por oftalmologista;

- Evitar ambientes com ar condicionado;

LEIA MAIS: >> Pesquisa constata efeitos da vacina contra covid-19 sobre a menstruação


/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.