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Saúde

Variante Delta não está circulando no ES; Estado antecipa D1 para conter avanço da pandemia

Para frear o avanço da nova variante no Espírito Santo, secretário de Saúde diz que a aposta é ampliar o acesso à primeira dose dos imunizantes

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Apesar de estar circulando em mais de 111 países ao redor do mundo, segundo a OMS, a variante delta da covid-19 não é predominante no Espírito Santo. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante uma entrevista coletiva virtual, na tarde desta segunda-feira (19).

"Até o momento, não há indícios de circulação dessa variante no Espírito Santo. Isso pode mudar com as amostras enviadas para a Fiocruz" disse o secretário. 

Ainda segundo Nésio, é importante deixar claro que, apesar de temida, a circulação de uma nova variante não significa uma nova pandemia. "É importante destacar que a variante Delta não se trata de um novo vírus ou de uma nova pandemia", disse. 

"Não estamos tratando de uma variante que impôs uma nova pandemia, que impôs novas características clínicas nos pacientes, mas de uma variante do coronavírus que será enfrentada com o uso de máscaras, vacinação com a D1 e disciplina da população", completou Nésio. 

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Primeira dose de vacina contra covid-19 é antecipada no ES para avançar na imunização

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De acordo com Nésio, "todas as variantes de preocupação merecem atenção e vigilância constante por parte das autoridades sanitárias e da população, no entanto, entendemos que algumas abordagens tem sido inadequadas, no que diz respeito ao risco que a variante delta apresenta", disse.

Para frear o avanço da nova variante no Estado, Nésio diz que a aposta é ampliar o acesso à primeira dose dos imunizantes, quando estiverem disponíveis.

 "O Estado do Espírito Santo reafirma que iremos avançar na aplicação da D1 e sempre que houver ampla disponibilidade da vacina da Astrazeneca ou da Pfizer, por questões operacionais e por existir um benefício", disse o secretário. 

Nésio explicou que manter doses de vacinas congeladas aguardando o prazo da segunda dose pode atrasar a expectativa de imunizar jovens, adolescentes e até crianças.

"Nós iremos antecipar a primeira dose por questões operacionais, no entanto, não temos a variante Delta como predominante na transmissão comunitária no Estado. A vacinação da D1 com as vacinas da Astrazeneca e da Pfizer alcança eficácia de mais de 60% e não existe comprovação do escape da variante Delta" afirmou. 

Mais de 45 mil capixabas estão com segunda dose em atraso

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Ainda na entrevista coletiva o secretário de Saúde reforçou que, apesar de já garantir um bom percentual de imunidade na primeira dose, a segunda dose do imunizante é fundamental. 

No Estado, 45 mil pessoas estão em atraso com a aplicação da vacina da Pfizer e Astrazeneca. “Recebemos mais vacinas esta semana, vamos distribuir imediatamente para os municípios para que eles possam imediatamente realizar a vacinação”, disse o subsecretário estadual de saúde, Luiz Carlos Reblin.

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Variante delta está presente em mais de 111 países do mundo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 111 países enfrentam a presença da variante delta da covid-19. Segundo a líder técnica da resposta à pandemia, Maria Van Kerkhove, esse número pode ser ainda maior, dada a limitação de fazer o sequenciamento do vírus em alguns países. 

"Estamos buscando entender por que a variante delta é mais transmissível", disse Kerkhove. O objetivo, segundo ela, é reunir todas as informações sobre a cepa e estudar se precisarão ser feitas mudanças nas orientações da OMS.

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Em dois países, dados sugerem maior risco de hospitalização provocada pela variante delta, segundo Kerkhove. "Não vimos, porém, isso se traduzir em maior gravidade nos casos, nem em mais mortes". 


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