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Saúde

Chocolate pode ajudar a melhorar a memória, diz neurocientista

Substâncias presentes no chocolate ativam região do cérebro afetada pelo envelhecimento, e que está relacionada diretamente com o processo de transformação de memória de curta para longa duração

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação / MF Press Global
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O chocolate é um dos alimentos mais apreciados e consumidos no mundo. Associado a sentimentos e momentos felizes ou de conforto são poucas as pessoas que não gostam ou recusam um quadradinho de chocolate.

Falando das suas propriedades, seus benefícios ou malefícios, o neurocientista Fabiano de Abreu explica que o excesso é um problema. 

"Quando falamos em chocolate no meio científico o conectamos a coisas boas em sua grande maioria. Contudo, quando em excesso é algo que se torna prejudicial. Mas é inevitável pensar logo em flavonoides e, no meu caso, pensar em memória. ", inicia.

De acordo com o especialista, "Os flavonoides ou bioflavonoides são compostos bioativos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Eles podem ser encontrados no chá preto, suco de laranja, vinho tinto, chocolate, morango, frutos secos, café, brócolis, açaí, chá verde, alho, soja, framboesas e alguns outros alimentos. Alimentos ricos em flavonoides, reduzem em até quatro vezes o risco de desenvolver Alzheimer e outras demências".
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Além disso, ainda segundo o neurocientista, "os flavonoides trazem benefícios para a saúde do coração e podem aumentar a quantidade de sangue presente no giro denteado do hipocampo, sistema límbico do cérebro". 

Essa é a região do cérebro afetada pelo envelhecimento, e que está relacionada diretamente com o processo de transformação de memória de curta para longa duração.  

Consumo de chocolate pode trazer benefícios

O chocolate quando consumido corretamente e moderadamente pode trazer diversos benefícios.

Foto: Divulgação / MF Press Global
"O consumo de chocolate já comprovou ser eficaz no ganho nas funções cognitivas e também no efeito do humor. Levando em consideração que o processo de armazenamento de memória envolve a emoção e a serotonina torna a aprendizagem mais eficiente, além de ser um neurotransmissor relacionado à felicidade. Quando em baixa é o responsável pela depressão, logo percebemos a importância do chocolate neste processo de memorização. ", explica o neurocientista.

Além dos benefícios para memória e humor, o chocolate pode nos proporcionar níveis mais altos de serotonina, que elevam a eficácia da aprendizagem. A ansiedade, problema comum nos últimos anos, também pode ser amenizada com o chocolate. 

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 "O chocolate, mais especificamente nas sementes do cacau, tem a presença do aminoácido triptofano, que sintetiza a serotonina. Inclusive, este neurotransmissor tem relações com a ansiedade. Baixos níveis desta molécula podem causar aumento de ansiedade e levar à depressão", reforçou

Excesso pode causar vício

Apesar da extensa lista de benefícios, nem tudo é bom quando o assunto é chocolate. Por isso é preciso seguir algumas regras para potencializar os benefícios e reduzir os malefícios.

"Nem tudo são mil maravilhas. Chocolate em excesso faz mal, não só pela liberação deste neurotransmissor dopamina que é viciante, pedindo para que coma mais chocolate, mas também pela gordura e o açúcar que além do envolvimento dessas substâncias com a dopamina, também há a relação com a diabetes e aumento de peso. O recomendado são chocolates amargo acima de 70% de concentração de cacau.", Analisa.
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Para consumir de forma mais moderada e consciente, a sugestão do neurocientista é que a preferência seja pelo chocolate 70% cacau. "Chocolate meio amargo com moderação, 70% cacau. E se puder, que tenha frutos secos em pedaços. Além de uma quantidade de açúcar inferior a 10g e que seja consumido cerca de 10 a 15 gramas por dia", disse. 

Pouca gente sabe, mas no chocolate também há proteína, cálcio, ferro e outras substâncias que interferem em nossos neurotransmissores e hormônios. O cálcio por exemplo, ajuda a controlar o nervosismo. 

O sódio por sua vez, estudos indicam que tem impacto negativo, quando consumido em excesso, nas células endoteliais dentro dos vasos sanguíneos cerebrais. "Não dá para ser perfeito também", finaliza.

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