Homens desenvolvem as formas mais graves da rosácea
Doença é crônica e afeta cerca de 10% da população.
Parece acne, mas não é! O que o goleiro da Seleção Brasileira Alisson Becker tem é rosácea, doença crônica que afeta cerca de 10% da população, com mais frequência em pessoas de pele clara, entre 30 e 50 anos.
A dermatologista Juliana Drumond explica que a rosácea se manifesta por lesões semelhantes a espinhas, associadas à vermelhidão, principalmente no centro na face, mas que pode expandir-se pelas bochechas, nariz, testa e queixo.
Aos poucos, a vermelhidão tende a ficar permanente e aparecem vasos finos, pápulas e pústulas que lembram a acne, podendo ocorrer edemas e nódulos.
Embora as mulheres sejam mais suscetíveis, os homens desenvolvem as formas mais graves da enfermidade, evoluindo continuamente com rinofima (aumento gradual do nariz por espessamento e dilatação de folículos).
Além da predisposição genética, alimentação e estresse, as mudanças climáticas também estão entre os fatores que agravam o problema. Por isso, segundo a dermatologista, os sintomas tendem a piorar no inverno, devido à exposição ao vento e ao frio.
“A rosácea não tem cura, mas existem tratamentos para controle da doença, com uso de medicamentos tópicos ou orais. Como esses pacientes costumam ter a pele muito vascularizada, a luz intensa pulsada também é indicada para eliminar os vasinhos e o aspecto avermelhado”, explicou Juliana, que é especialista em Dermatologia pela USP.