VÍDEO | Varíola dos macacos: subsecretário fala sobre caso investigado no Espírito Santo
Comandante, de 44 anos, de um navio de carga que saiu da Singapura, apresentou sintomas da doença e está em observação em solo capixaba
Está em investigação no Espírito Santo o primeiro caso suspeito da varíola dos macacos. Na última quarta-feira (16), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) tomou conhecimento de que um comandante, de 44 anos, de um navio de carga que saiu da Singapura, apresentou sintomas da doença.
Em entrevista à TV Vitória/Record TV, o subsecretário de Vigilância e Saúde, Luiz Carlos Reblin, falou sobre o caso. Veja:
"Ao ser avaliado pela equipe médica responsável pela embarcação, o paciente relatou febre de início súbito na última quinta-feira (9) e erupções cutâneas que progrediram pelo corpo nas 48 horas seguintes. Ele disse ainda que não teve contato com pessoas com a doença ou suspeita dela", afirmou a Sesa.
O comandante também relatou não ter tido contato com pessoas suspeitas ou confirmadas com a doença. O homem foi internado na última quarta-feira (15) em uma área de isolamento em um hospital privado na Grande Vitória e apresenta bom estado geral.
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Segundo a Sesa, foi coletado material para ser enviado ao laboratório de referência na Universidade Federal do Rio de Janeiro. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está monitorando o caso. Até o momento, não há novos suspeitos na embarcação.
"ES está preparado", garante subsecretário
Em entrevista, o subsecretário garantiu que o Espírito Santo está preparado para lidar com a situação. "Todo o Estado capixaba está preparado, tanto a rede pública, ou seja, o SUS, quanto a rede privada. O comandante está bem no ponto de vista clínico, não corre riscos, mas segue isolado", completou.
Ainda de acordo com Reblin, é importante o isolamento das pessoas que apresentarem qualquer sintoma da doença.
"Quem vem dos países de onde a doença já é endêmica, se mantenha afastado por 21 dias. Procura o serviço de Saúde, faça o isolamento. Ainda não há motivos para alrde, mas vamos redobrar os cuidados no caso das pessoas que apresentam sintomas", finalizou o profissional.
Rio de Janeiro tem primeiro caso confirmado
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) confirmou na quarta-feira (15) o primeiro caso da varíola dos macacos (monkeypox) na cidade. A vítima é um brasileiro, de 38 anos, mas que mora em Londres, na Inglaterra.
Segundo apurou a Agência Brasil, ele chegou ao Brasil no sábado (11) e, no dia seguinte, procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz).
As amostras clínicas foram encaminhadas ao Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que é referência nacional. O resultado positivo para a doença foi liberado na terça-feira (14).
“Ele está com sintomas leves, em isolamento domiciliar e sob o monitoramento da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS-Rio). Todos os seus cinco contactantes estão em investigação para orientações e monitoramento”, informou a secretaria.
Acrescentou, ainda, que a SVS-Rio mantém vigilância ativa para detecção oportuna de casos da doença no Rio. A Superintendência de Vigilância “também está monitorando o cenário epidemiológico nacional e internacional mantendo as unidades de saúde informadas e orientadas para vigilância, alerta e resposta a eventos de saúde pública”, finalizou.
Casos no Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, além do caso do Rio, houve a notificação de outro registro de monkeypox no estado de São Paulo. Lá é de um homem de 31 anos, que mora na capital. Segundo o ministério, o paciente tem histórico de viagem para a Europa, com retorno ao Brasil na segunda-feira (6).
“O caso também foi confirmado laboratorialmente com exame RT-PCR, seguido de sequenciamento pelo Instituto Adolfo Lutz”, informou a pasta.
Ainda conforme o ministério, as medidas de controle foram adotadas de forma imediata, como isolamento e rastreamento de contatos em voo internacional com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Ministério da Saúde se mantém em articulação direta com os estados, por meio da Sala de Situação e do CIEVS Nacional, para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos.
Também nesta quarta-feira (15), foi descartada, pela Fundação Ezequiel Dias, a possibilidade da morte de um homem, de 41 anos, em Minas Gerais, ter sido causada por varíola dos macacos.
“Trata-se de um homem de 41 anos, sem histórico de viagem e sem contato com caso suspeito ou confirmado para a doença. As causas do óbito ainda estão em investigação”, concluiu o ministério.
No momento, segundo a pasta, o Brasil registra cinco casos confirmados, sendo três em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Oito casos seguem em investigação.
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