Guarapari não vai mais informar qual vacina será aplicada contra a covid-19
O secretário estadual de Saúde do Estado, Nésio Fernandes, afirmou que a medida é legal e criticou postura de quem desmarca para escolher outra vacina
Para evitar a escolha de imunizantes, movimento que vem crescendo no Estado e no país, a Prefeitura de Guarapari anunciou em uma rede social que não irá mais informar com antecedência qual imunizante será aplicado. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a medida foi tomada conforme orientação do Governo do Estado.
"Seguindo a orientação do Governo do Estado, para que não ocorra situação de escolhas de vacinas, a partir de agora a Prefeitura de Guarapari não irá divulgar qual vacina será utilizada. Essa informação só irá constar no comprovante de agendamento. Vale ressaltar que todas as vacina utilizadas no país são seguras e eficazes contra a covid-19", disse a publicação.
Em uma entrevista na manhã desta quarta-feira (30) para o jornal Espírito Santo no Ar, da TV Vitória, o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, afirmou que a medida é legal. "Isso pode acontecer. A pessoa pode ser informada somente no momento da vacinação", disse.
Imunizante será informado no momento do agendamento
A Secretaria de Saúde do município ressaltou que a informação vai sobre qual vacina será oferecida irá constar no momento em que o agendamento for realizado e no comprovante que deve ser levado impresso.
"Ao iniciar o agendamento, na hora de confirmar os dados aparece qual vacina estará disponível, se a pessoa não puder tomar determinada vacina, ela não deve concluir o agendamento e aguardar a disponibilidade da vacina que ela pode tomar, em um próximo agendamento", diz a nota da prefeitura.
Além disso, a secretaria reforçou a importância de no momento da vacinação ter em mãos o laudo médico que comprove a necessidade de uma vacina específica, para apresentação caso preciso.
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Secretário afirma que é preciso combater "modismos"
Nésio reforçou ainda que todas as vacinas são eficazes no combate à doença e que escolher o imunizante só colabora para que ocorram atrasos no andamento da campanha de vacinação.
"É importante que a população compreenda que todas as vacinas disponíveis hoje no Plano Nacional de Imunização e aplicadas aqui no Espírito Santo são seguras e eficazes. Não existem razões científicas e éticas, para além de talvez alguns modismos que estão surgindo para a população ter preferência por uma ou outra vacina", afirmou.pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04
Ainda de acordo com o secretário, o mais importante é que a vacinação alcance pelo menos 80% da população, já que só desta forma será possível conter a pandemia.
"Com qualquer uma das vacinas disponíveis hoje no PNI, vacinando 80% ou 90% da população, nós iremos alcançar um controle da pandemia. Iremos salvar muitas vidas", disse.
Nésio completou dizendo que vacina boa, é aquela que chega no braço da população, e que é preciso combater modismos na hora da imunização.
"Então, independentemente se é Coronavac, Janssen, Pfizer ou Astrazeneca, nós precisamos ter a vacina no braço. É importante que a população ajude a combater esse tipo de opinião, esses modismos que estão surgindo em torno da preferência de um ou outro fabricante, e entenderem que todas as vacinas estão aptas a serem aplicadas com segurança na população capixaba", finalizou.
A Secretaria da Saúde orientou que o usuário complete o esquema vacinal em duas doses do mesmo laboratório, e informou que não é da rotina do Programa Estadual de Imunização a divulgação de nome dos laboratórios das vacinas do calendário nacional.
Além disso, a Sesa esclareceu que em casos de contraindicação à alguma vacina, é necessário a apresentação da contraindicação explícita de um médico ao serviço de saúde que for vacinar o cidadão. A Secretaria ressaltou também que os municípios possuem autonomia quanto às estratégias que irão adotar em relação à vacinação da população.