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Saúde

Morador de Guarapari questiona procedimento do UPA, que distribui atestados sem realização de teste

Segundo o relato, pessoas com sintomas do coronavírus estão recebendo atestados de 14 dias para ela e toda família, mesmo sem avaliação de todos

Aline Couto

Redação Folha da Cidade
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Foto: Divulgação
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Um morador de Guarapari entrou em contato com a redação do folhaonline.es e relatou que na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município pacientes com sintomas que possam caracterizar o novo Coronavírus (Covid-19), sem comprovação em teste, estão recebendo atestados de 14 dias para eles e para toda família.

Ele contou que a esposa começou a sentiu dores no corpo, calafrios e falta de ar, e a levou até a UPA. No local, como ela não é do grupo de risco, não conseguiu realizar o teste para confirmação ou não da Covid-19. De acordo com o morador, durante a consulta, o médico indicou a sua esposa isolamento imediato e passou um atestado de 14 dias. E como ele estava de acompanhante na consulta, o profissional também lhe ofereceu um atestado, sem nenhuma avaliação prévia e o mesmo afirmando não ter nenhum sintoma.

Ainda segundo o relato, o marido da paciente, que não aceitou o atestado, conhece outras pessoas que já passaram pela mesma situação. “Estão afastando muitas pessoas dos trabalhos sem necessidade, eles não têm exames para comprovar a doença e vão passando atestados para todos. Se você der um espirro ou tosse, eles já te oferecem. As empresas estão ficando sem funcionários por muitos dias e a arrecadação só faz cair. Com isso, as demissões estão só aumentando”, pontou.

Diante das informações, a Prefeitura de Guarapari foi procurada para um posicionamento. A resposta veio através de nota:

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“A Direção da UPA esclarece que, conforme as orientações do Ministério da Saúde, o atestado é fornecido ao paciente a partir da data dos primeiros sintomas, a contar 14 dias, que é o período de transmissibilidade da doença.

As pessoas que apresentam qualquer sintoma gripal devem ser afastadas, conforme essas orientações, mesmo sem a comprovação, a fim de evitar a disseminação da doença. Os atestados são fornecidos aos familiares que vivem na mesma casa, ou seja, contactantes diretos”.

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Para Fernando Otávio, diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Guarapari – Sindicig e presidente do Conselho das Relações Trabalhistas da Findes – Consurt, a grande quantidade de atestados médicos emitidos sem o controle necessário está ocasionando diminuição na arrecadação dos setores produtivos de Guarapari. “Está ocorrendo um descontrole no caixa e na produção das empresas. Na construção civil, por exemplo, um segmento depende do outro para seguir com o serviço. Se um para, vira uma bola de neve e todo o trabalho atrasa”.

De acordo com Fernando, o ideal seriam os atestados digitais para haver um controle maior dos pacientes e assim saber quem realmente precisa do documento para se afastar do trabalho por problemas de saúde.

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