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Saúde

Ceratocone: doença degenerativa pode levar à cegueira

Junho Violeta alerta para a doença que afeta as córneas. Alguns registros mostram que a predisposição genética está presente em até 27% dos casos

Redação Folha Vitória
audima
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Foto: Divulgação
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O ceratocone é uma doença da córnea, película fina protetora do globo ocular, que ocasiona o afinamento dela, levando o aumento da sua curvatura de forma irregular. A doença é progressiva, bilateral, assimétrica e acontece pela união dos fatores de predisposição genética e ambientais, sendo este segundo caracterizado principalmente pelo ato de coçar os olhos com muita frequência.

Nos mês dedicado a conscientização sobre a doença, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz faz um alerta: o diagnóstico precoce e pequenas ações como não esfregar ou coçar os olhos podem evitar que o paciente não evolua para os quadros mais graves da doença, como a perda total da visão e a necessidade de um transplante de córnea.

A coordenadora do serviço de oftalmologia da Instituição, Dr. Ione Alexim, explica que a exposição direta ao sol, alergias e o ato de esfregar os olhos são importantes fatores de risco ambientais e podem também contribuir para agravar o quadro. "Uma recomendação aos pacientes é nunca esfregar os olhos, pois a evolução da doença está diretamente ligada ao trauma contínuo a região ocular", explica.

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Os sintomas da doença aparecem cedo, por isso é preciso ficar atento. Alguns registros na literatura oftalmológica mostram que a predisposição genética está presente em até 27% dos casos. Tanto em homens quanto em mulheres, geralmente os primeiros sinais aparecem no final da infância ou início da adolescência. "É comum que os sintomas iniciais da doença sejam confundidos apenas como uma dificuldade para enxergar. O problema é que muitos pacientes veem ao consultório quando a doença já está em nível avançado, dificultando o tratamento", explica a especialista.

Embora não tenha cura, a doença pode ser tratada. Em fases iniciais, o uso de óculos e lentes de contato podem ser o suficiente. Porém, em casos mais graves, onde a perda de visão já é avançada, o transplante de córnea pode ser a única opção. "Ao suspeitar desse e de outros problemas na visão, o ideal é recorrer ao oftalmologista. Apenas o especialista poderá fazer o diagnóstico correto e recomendar o melhor tratamento", finaliza Dra. Ione Alexim.

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