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Saúde

Gordura no fígado? Saiba como comer direito e combater o problema

Cerca de 30% da população sofre com a esteatose hepática. O acúmulo da gordura no fígado ao longo dos anos pode desencadear sérios problemas de saúde. Veja quais

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Uma doença silenciosa, porém bastante perigosa. Estima-se que a esteatose hepática, ou gordura no fígado, atinge cerca de 30% da população. Um problema que se descoberto tardiamente pode levar a problemas graves de saúde, como a cirrose hepática, câncer e até mesmo a hepatite gordurosa.

Segundo a médica Richaeny Ferreira, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o problema não é desencadeado pelo consumo de alimentos gordurosos. O grande vilão, neste caso, é o excesso de carboidrato simples nas refeições! Carboidratos simples são compostos por moléculas simples e por isso, o corpo não tem trabalho para digeri-los.

Foto: Reprodução | Pixabay
Pães, bolos, torradas são alimentos ricos em carboidrato simples

Alguns exemplos são os pães feitos de farinha branca, doces, massas, bolos, arroz branco e sucos concentrados. "As pessoas infelizmente estão aumentando a ingesta destes alimentos e deixando os hábitos que são mais corretos, com comida de verdade."

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De maneira geral, as pessoas que com quadro de esteatose, apresentam acúmulo de gordura abdominal. Porém, algumas pessoas são magras e também têm a doença, principalmente as que fazem parte do grupo de diabéticos e hipercolesterolemia (colesterol alto). O sedentarismo também afeta pessoas que estão fora do grupo de risco.

É possível eliminar a gordura no fígado?

Não existe um medicamento específico que acabe com a esteatose hepática. O problema costuma ser revertido apenas eliminando a causa dele. Alguns medicamentos também podem ser prescritos pelo médico para ajudar a controlar os níveis de gordura, glicose e triglicérides no sangue.

Além disso, adotar uma rotina sem bebidas alcóolicas, com atividades físicas, alimentação equilibrada e balanceada é fundamental. Ainda mais quando o estágio da doença ainda é inicial. 

"Dependendo do grau, principalmente no grau inicial sim. Apenas fazendo o ajuste alimentar, o horário que a pessoa come determinados alimentos e se exercitando, consegue resolver. Graus mais avançados, em decorrência de alguns exames alterados, aí vai ter que ter uma conduta mais individualizada. O medicamento pode se fazer necessário", explicou a médica.

Cuidado! Gordura no fígado pode causar câncer

Segundo a especialista, o acúmulo de gordura no fígado pode sim desencadear um câncer. Isso por que o órgão fica sobrecarregado e não consegue realizar a função que tem no organismo de maneira adequada. 

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"Então, toda vez que a gente agride o fígado e faz com ele se esforce mais, começa uma inflamação que se chama hepatite não medicamentosa ou hepatite não alcoólica, que pode evoluir para cirrose e pode levar até um câncer de fígado".

O modo mais comum de identificar a gordura no fígado é por meio de um exame de imagem, o ultrassom de abdômen total. Alguns exames de sangue também podem sinalizar que o paciente tem o problema. A especialista destacou que níveis de ferritina muito altos e triglicerídeos aumentados podem ser um sinal de alerta.

A aposentada, Rosa Maioli, conhece o problema bem de perto. Enjôos constantes, náuseas, dores de cabeça levaram ela até o consultório médico. Após o diagnóstico positivo para a doença, precisou alterar a rotina. "Foi com isso que eu combati: caminhando, evitando gorduras, açúcares, produtos industrializados, e aí já estou me sentindo melhor. Fiquei um ano no tratamento."

Doença costuma ser silenciosa 

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Muitas vezes o fígado gorduroso não provoca nenhum tipo de sintoma. Inclusive costuma ser raro apresentar algum sinal. É exatamente por isso que os chamados "checkups" são tão importantes. Quando os sintomas aparecem, a doença costuma estar em níveis mais avançados. Entre os principais, estão:

1. Dor de cabeça;
2. Cansaço;
3. Barriga inchada;
4. Dor abdominal; 
5. Enjôo;
6. Náusea;
7. Perda de apetite;
8. Fraqueza.

Conheça alimentos que são "amigos" do seu fígado

Alguns alimentos podem ser considerados verdadeiros amigos do fígado. A maçã e a cebola, por exemplo. A casca deles possuem uma substância chamada quercetina que apresentam potencial antioxidante. 

Foto: Divulgação / Pexel

"O nosso fígado é um órgão que trabalha fazendo essa limpeza do organismo e essas substâncias vão dar um auxílio para o fígado trabalhar", destacou Richaeny. 

A uva é uma fruta que também tem ação antioxidante, assim como o açaí, a jabuticaba e o mirtilo. A médica indica até mesmo congelar as frutas e fazer vitaminas, além de comer in natura.

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A aveia, o abacaxi, o abacate, a batata-doce, o brócolis, o espinafre, amêndoas, nozes e castanhas também são considerados alimentos parceiros do fígado.

*Com informações do programa Fala ES, TV Vitória/Record TV

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