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Saúde

Pesquisa mostra aumento de mortes por doenças cardiovasculares na pandemia

O trabalho, feito por pesquisadores brasileros, mostrou que a falta de atividade física é responsável por cerca de 9% da mortalidade anual, resultando em cerca de 5 milhões de mortes por ano no mundo

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução
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O isolamento social teve impacto direto na prática de exercícios físicos. Com a necessidade de ficar em casa, os números do sedentarismo cresceram e, por consequencia, aumentaram os probelmas relacionaos à saúde cardiovascular. Alguns estudos analisados apontam que mesmo a inatividade de curto prazo (até um mês) pode aumentar o fator de risco para essas doenças.

A conclusão é de de um artigo, prduzido pelo Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada & Nutrição, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A pesquisa fala sobre o impacto da pandemia de Covid-19 sobre a inatividade física e, consequentemente, o aumento global de casos e de mortes por doenças cardiovasculares.

O trabalho mostrou que a falta de atividade física é responsável por cerca de 9% da mortalidade anual, resultando em cerca de 5 milhões de mortes por ano no mundo. Com base nos artigos revisados, os pesquisadores fizeram uma projeção em março de 2020 considerando um aumento de 50% de inatividade física na pandemia. 

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"O resultado a longo prazo seria um aumento de mortalidade por doenças cardiovasculares na ordem de 200 mil. Também haveria um excesso de mortalidade de mais de 2 milhões na população geral", afirma Buno Gualano,  pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Alimentos.

Fazer exercícios em casa é uma solução para driblar a pandemia

De acordo com o professor, a recomendação mínima é praticar de 150 a 300 minutos por semana de atividade física moderada a rigorosa. "É importante destacar que mesmo que o indivíduo não consiga atingir a frequência ideal, qualquer atividade física é melhor do que nenhuma".

O exercício físico feito em casa é uma boa estratégia para minimizar esses problemas e trazer benefícios à saúde dos pacientes com doenças cardiovasculares. 

Segundo os autores, muitos trabalhos da literatura demonstraram a viabilidade, segurança e eficácia de diferentes modelos de atividades físicas domiciliares na prevenção de doenças cardiovasculares e eventos cardiovasculares maiores em diferentes populações.

Desdobramentos da pesquisa

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Os pesquisadores têm avaliado grupos clínicos de risco para doenças cardiovasculares para saber se de fato estão se tornando mais sedentários na pandemia. Até então, a pesquisa mostrou que crianças, adultos e idosos com condições clínicas estão praticando menos exercícios do que antes.

Outro objetivo do grupo é investigar se a inatividade física também é fator de risco para Covid-19 e se a prática de exercícios poderia ajudar na recuperação de pacientes com síndrome pós-covid - quando os sintomas persistem ou voltam após a cura da doença.

O Estudo

O estudo do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada & Nutrição, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), recebeu o prêmio "2020 Impact Award" do American Journal of Physiology - Heart and Circulatory Physiology, por ser o artigo mais citado da revista no último ano, com 77 citações.

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O trabalho foi coordenado pelo professor Bruno Gualano, pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center - FoRC). O prêmio foi anunciado no dia 29/04, durante o congresso anual da Experimental Biology.

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