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Saúde

Pacientes com HIV no ES estão abandonando tratamento durante pandemia

Falta de informação também pode estar contribuindo para que portadores do vírus não busquem tratamento

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação

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Entre os inúmeros efeitos colaterais da pandemia, vem sendo observado que muitos pacientes com HIV, o vírus causador da aids, estão abandonando seus tratamentos. 

A infectologista da Unimed Vitória Ana Carolina D’Ettorres avalia que, além do receio de ir buscar atendimento por causa da pandemia, a falta de campanhas de conscientização deixa os jovens desinformados quanto às opções de tratamento possíveis e oferecidas gratuitamente pelo SUS.

“O principal problema que aflige o paciente HIV positivo é a dificuldade de acesso à assistência saúde. Seja por vergonha, por não querer se identificar, por limitação de infectologistas na rede pública, ou pela falta de informação que faz com que acabem deixando de lado o tratamento”, detalha a especialista.

Terapia muda realidade de pacientes com HIV

Ana Carolina explica que a terapia com antirretrovirais (ARV) foi o que mudou a perspectiva de vida do paciente com HIV. “Sem isso, a aids é a mesma do início da epidemia da doença, a mesma que matou Cazuza, que matou Freddie Mercury. É essencial que os pacientes continuem com o tratamento. Toda vez que há falha de tratamento há chance de resistência viral, o que implica em ter que fazer tratamentos mais complexos, com mais comprimidos. Então, é importante que o acompanhamento seja mantido, que não abandonem”.

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O uso regular dos ARV é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a aids. O tratamento é fornecido gratuitamente pelo SUS, mas grande parte dos jovens contaminados não têm essa informação.

 “Muitos jovens desconhecem o fato de que o SUS fornece todo o tratamento de graça, acham que vão ter que pagar aí entram em desespero”.

Falta de conscientização aumenta problemas 

A falta de campanhas de prevenção e de conscientização sobre a aids tem causado uma perda de visibilidade sobre o que é o HIV e como é tratado. 

“Falta entendimento sobre o que é o vírus, e com isso a aids é banalizada. Jovens nem mesmo sabem mais o que é HIV. Hoje a aids é uma doença negligenciada”, alerta a infectologista.

Os pacientes com aids estão incluídos no grupo prioritário para vacinação contra a Covid. Em nota técnica publicada no mês de março, o Ministério da Saúde atualizou as recomendações de vacinação contra a Covid-19 para pessoas que vivem com HIV, passando a incluir no grupo prioritário todas essas pessoas de 18 a 59 anos de idade.

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