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Saúde

Queda de cabelo atinge 30% dos contaminados pela covid-19. Veja como tratar

Apesar de comum nos casos de covid-19, também é observada em doenças como Zika e Chikungunya. O organismo reage ao vírus e acaba influenciando no ciclo capilar

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
Queda de cabelo é uma das sequelas da covid-19 
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Estamos há mais de um ano convivendo com a covid-19, e além de incorporar à rotina as recomendações de higiene como lavar as mãos com frequência e utilizar álcool em gel, quem enfrentou a doença precisa agora lidar com as sequelas deixadas pela infecção.

Uma das mais comuns é a queda de cabelo. O problema atinge aproximadamente 30% das pessoas que tiveram diagnóstico de infecção por Coronavírus, e pode atingir homens e mulheres.

Essa queda de cabelo tem nome, é chamada de eflúvio telógeno. Apesar de comum nos casos de covid-19, também é observada em doenças como Zika e Chikungunya. O organismo reage ao vírus e acaba influenciando no ciclo capilar.

Foto: Reprodução / Instagram
A dermatologista Sandra Federici falou sobre a queda de cabelo no ´pós-covid.

“A queda de cabelo pós covid-19 é uma realidade entre nós, este quadro se chama Eflúvio Telógeno e não chega a ser uma grande surpresa, pois o Eflúvio Telógeno é a queda de cabelo que ocorre após quadros infecciosos”, explicou Sandra Federici, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Segundo a especialista, geralmente o paciente começa a perceber os sintomas de 3 a 4 meses após o processo infeccioso. Mas essa não é a única explicação para a queda dos fios. “Outra causa de queda de cabelo relacionada à covid-19 é o estresse que toda a situação provoca. O próprio isolamento em si, as mudanças de hábitos e nas relações interpessoais, muitas perdas de entes queridos, emprego, home office, etc. Todos esses fatores levam ao desgaste emocional e por consequência ao eflúvio telógeno”, completou.

A empresária Larissa Bauer, de 28 anos, sentiu esse problema na pele. Ela teve covid-19 em dezembro, e terminou a quarentena no Natal, dia 25. Não demorou muito para que ela percebesse que estava enfrentando a queda de cabelos.

“Em janeiro eu comecei a me atentar para a queda. Normalmente meu cabelo já caía, o cabelo tem ciclos de renovação é normal, mas estava caindo muito, foi aí que eu percebi que tinha algo errado acontecendo”, contou.

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Imediatamente, ela procurou um médico para fazer exames de rotina e tentar detectar a origem do problema. “Fiz exames de sangue e a médica disse que como eu tive covid, a queda de cabelo poderia ter relação com a doença. Isso além do estresse do trabalho”, completou.

Como funciona o tratamento

O tratamento do eflúvio telógeno deve ser feito com acompanhamento médico, junto a um dermatologista. “Depois dos exames, fazemos o tratamento com soluções tópicas, medicamentos orais e intradermoterapia capilar, com produtos injetáveis no couro cabeludo que irão estimular o crescimento e fortalecimento dos fios”, explicou.

Foto: Reprodução / Instagram
Queda de cabelo atinge 30% dos infectados pela covid-19

Ainda segundo a especialista, é importante começar o tratamento o quanto antes, já que os pacientes têm uma perda aguda e intensa dos fios. O acompanhamento com profissionais é fundamental para a recuperação da saúde do couro cabeludo.

“Tratamentos realizados em salões de beleza e clínicas estéticas, tratam somente o fio, não sendo indicados para o eflúvio telógeno. É necessário realizar esse tratamento com médicos especialistas, que vão tratar o problema de dentro para fora”, orientou a especialista.

Tratamentos cosméticos

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
A empresária Larissa Bauer teve covid em dezembro e sofreu com a queda de cabelo.
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A empresária Larissa Bauer trabalha no setor de marketing da empresa de cosméticos da família, a Ervas Naturais, e assim que identificou o problema, buscou dentro da própria empresa um produto que a ajudasse a resolver a temida queda de cabelos. “Além de fazer reposição de vitaminas indicadas pela médica, eu comecei o tratamento estético também, com a linha jaborandi. Com um mês já comecei a ver resultados”, disse Larissa.

Assim que ela percebeu a melhora da situação dos fios, compartilhou a dica em sua rede social. Bastou esse compartilhamento, para que ela recebesse várias mensagens de outras mulheres que enfrentam o mesmo problema.

“Criamos uma rede, e por meio do meu problema eu ajudei outras. Muitas mulheres me procuram e enviam mensagens dizendo que estão passando pela mesma situação. É um problema grave, e que está 100% ligado à questão da autoestima. Eu acredito que o autocuidado ajuda os outros acontecimentos da vida a fluírem melhor. Autoestima é saúde, quando você desenvolve esse cuidado, tudo melhora. Recebo muitas mensagens de agradecimento”, contou a empresária. 


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