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Saúde

Dia Mundial do Parkinson: segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo

Dados do IBGE estima que 200 mil pessoas sofram de parkinson do País. Com o envelhecimento constante da população, o número total de pacientes vai duplicar até 2030.

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população mundial acima de 65 anos tem a doença de Parkinson. Esse distúrbio típico da terceira idade é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo, afetando cerca de 6,3 milhões de pessoas.

No Brasil, não há números exatos, mas de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), calcula-se que 200 mil pessoas sofram da doença. A Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda estima que o número total de pacientes vai duplicar até 2030.

A agenda global de saúde reserva o mês de abril para marcar o Dia Mundial do Parkinson, que é celebrado neste 11 de abril. A data é fundamental para discutir a importância da conscientização a respeito da doença, principalmente, em relação ao seu tratamento e a jornada do paciente. Alguns sintomas são bastante típicos e podem ser percebidos com facilidade, como os tremores em repouso. 

Mas você sabe quais são as outras características do Parkinson?

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O Parkinson é causado pela queda intensa e crônica da produção de dopamina (neurotransmissor que atua, principalmente, nas células nervosas). A substância é fundamental para que os movimentos voluntários do corpo sejam realizados de forma autônoma. Com a falha no nível de dopamina o sistema nervoso central é afetado e o controle motor do indivíduo é acometido.

Causas do Parkinson

A medicina ainda não chegou a um veredito sobre o motivo da queda brusca de dopamina no organismo. O envelhecimento e fatores genéticos são apontados como principais causas do Parkinson.

Sintomas

Os sintomas de Parkinson incluem alterações motoras, como tremor de repouso e lentidão, levando a um maior esforço para mover braços e/ou pernas, além de dificuldade em andar. Há ainda os sintomas não motores, que incluem distúrbios do sono, dor nas articulações ou costas, constipação, perda do olfato, depressão, ansiedade e problemas urinários, entre outros. De fato, geralmente os sintomas não motores aparecem vários anos antes dos primeiros sintomas motores, além de que nem todos os pacientes têm os mesmos sintomas.

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Os primeiros sintomas que devem levar um paciente a procurar ajuda médica incluem os listados anteriormente, além de mudanças sutis na forma de caminhar, diminuição da expressão facial, incluindo o piscar de olhos, alterações na escrita, diminuição do volume da voz e dificuldade para abotoar roupas.

Diagnóstico

A diversidade de sintomas, juntamente com a falta de informação entre a população geral, faz com que o diagnóstico da doença seja adiado, retardando, consequentemente, o acesso imediato ao tratamento. Assim que detectados os primeiros sintomas motores, é essencial a consulta a um especialista para um diagnóstico e tratamento adequado.

O diagnóstico é consolidado após uma análise clínica detalhada, realizada pelo médico neurologista, e o resultado de exames como tomografia cerebral e ressonância magnética.

Tratamento

Especialistas e pesquisadores ainda buscam respostas para características da doença de Parkinson. A falta de informações faz com que a enfermidade sofra preconceito pela sociedade e até pelos próprios pacientes. Especialistas afirmam que a expectativa média de vida de uma pessoa com doença de Parkinson é geralmente a mesma de pessoas que não sofrem com a doença, desde que haja o acompanhamento e tratamento adequado da condição.

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O prognóstico do quadro não significa uma vida limitada. A doença é tratável com medicamentos específicos e terapias inovadoras, como a Estimulação Cerebral Profunda.

A Estimulação Cerebral Profunda (ECP ou DBS em inglês) é o tratamento mais indicado para os pacientes que tiveram a doença confirmada, têm respondido ao uso de medicamentos adequados à condição, mas que apresentam deterioração progressiva.

Conheça a Estimulação Cerebral Profunda

A ECP que consiste em um dispositivo implantado no cérebro por meio de um procedimento cirúrgico para tratar o tremor, rigidez, movimento lento e problemas para caminhar. Há uma pequena percentagem de doentes de Parkinson que tem como sintoma predominante o tremor e que não respondem ao tratamento com medicamento.

Estes pacientes também têm um perfil compatível para o tratamento com a Terapia de Estimulação Profunda, que há 30 anos beneficia pacientes com doença de Parkinson. É importante que o paciente e seus familiares procurem um especialista em neurologia de distúrbios de movimento para saber mais sobre todas as opções de tratamento disponíveis, a fim de optar pela terapia mais adequada a sua condição.

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A Terapia de Estimulação Profunda, disponível no Brasil, é uma das mais avançadas técnicas para tratar a doença, já que em pacientes indicados oferece longos períodos sem sintomas motores, reduzindo a quantidade de medicação e permitindo realizar tarefas diárias, o que se traduz em maior autoestima, independência e qualidade de vida tanto para os pacientes quanto para os familiares que acompanham a difícil jornada com a condição. 

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