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Saúde

Queimação no peito ou infarto? Saiba a hora de buscar ajuda

Tabagismo, pressão alta, diabetes e sedentarismo são fatores de risco para doença cardíaca. Especialista explica quando é o momento de procurar atendimento

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Muitas pessoas se perguntam como diferenciar um infarto de uma queimação ou dor comum no peito. Afinal, há mesmo como distinguir os sintomas? A verdade é que em situações como esta, é recomendável apostar no velho ditado "é melhor prevenir do que remediar". 

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De acordo com o cardiologista Diogo Barreto, diferenciar as duas situações pode ser uma tarefa árdua para quem as enfrenta dentro de casa. Na dúvida, é sempre melhor procurar atendimento médico. 

"Recomendamos sempre que as pessoas procurem o médico quando a dor ou queimação perdurar por mais de cinco minutos. De casa é muito difícil realmente identificar do que se tratam estes sintomas. Mesmo quando não há sinais tão evidentes, é muito importante que se descarte o cenário mais grave", disse. 

Segundo o médico, a queimação pode ter outros motivos, como refluxo gastroesofágico, causado por uma alimentação não balanceada, mas que a palavra de um profissional ainda deve ser a final. 

"A pessoa pode comer uma moqueca, consumir álcool e ter esse tipo de queimação, mas precisamos eliminar qualquer possibilidade de algo mais grave. Não é bom orientarmos o que fazer em casa, pois pode haver algum erro". 

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O médico alerta ainda que o infarto não tem idade, mas a valorização dos sintomas é maior a partir dos 30 anos. E que é importante notar sinais como queimação ou sensação de aperto no peito por conta de esforço ou mesmo em repouso.

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"Todo paciente com mais de 30 anos vai ter um infarto? Não, mas há sinais que não podem ser ignorados a partir desta idade. O paciente é sedentário? Sofre de alguma doença como diabetes ou pressão alta? Fuma? Não se pode ser negligente com este tipo de sinal". 

O médico alerta ainda que durante o inverno a possibilidade do mal súbito pode aumentar, por conta de dois fatores principais: uma causa direta, que é a maior constrição das artérias por conta do clima mais frio. 

Já a segunda, é a maior propensão de o paciente contrair infecções respiratórias durante o período, além de abandonar atividades físicas e ter uma rotina mais sedentária em comparação a outros períodos do ano. 

Convivendo com a doença cardíaca 

O infarto não tem idade para acontecer, mas a juventude ainda assusta quando o assunto é o mal súbito. É o caso do aposentado Ronaldo Menezes, que teve o primeiro infarto no ano de 2004, quando tinha 49 anos. 

"Tive meu primeiro infarto com 49 anos, ainda muito jovem. Não fumava, mas sempre fui hipertenso, tomava remédio para controlar. Na época eu trabalhava como gerente de uma grande empresa, tinha muitas regalias e acabei abusando na alimentação", contou. 
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Ele conta que sentiu os primeiros sintomas enquanto dirigia, na estrada, a caminho de Vila Velha. "Eu estava dirigindo, precisei parar algumas vezes, sentindo dores no peito. Cheguei em casa e a dor persistiu, foi quando procurei um pronto-socorro, acabei internado". 

As artérias do Ronaldo estavam tão comprometidas, que cinco pontes de safena precisaram ser feitas. Mas isso não o abalou e, três meses depois, a rotina dele já estava normal, inclusive, praticando esportes como o futebol.

Mas no Carnaval deste ano, Ronaldo teve outro princípio de infarto, mas detectado precocemente, e pôde ser tratado apenas com remédios. "Relaxei um pouco, ganhei peso, abusei da gordura. Estou de repouso, mas meu cardiologista disse que daqui um mês posso voltar às atividades físicas, que recomendo que todos façam". 

A quem sente os sintomas, o aposentado é rápido em recomendar "Procure logo um pronto-socorro, pois quanto mais rápido for tratado, menos prejuízos ao coração", finalizou. 

Como prevenir um infarto

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Segundo o cardiologista Diogo Barreto, há algumas medidas que as pessoas podem tomar para evitar um infarto, principalmente, cuidar da própria saúde e manter a atenção aos fatores de risco como tabagismo, obesidade, hipertensão e diabetes. 

Controlar o estresse no dia a dia é fundamental para manter-se saudável, além disso, a pressão alta e a diabetes podem ser controladas, ainda que não exista cura para elas. Manter uma alimentação saudável e ficar de olho no colesterol e se manter longe do cigarro. 

"Recomendamos atividades físicas, e perda de peso para pacientes obesos. Redução de peso melhora muitas coisas, pois diminui o fator inflamatório e melhora o controle do colesterol, diabetes e pressão alta", disse. 

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